
Com Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah, Arnold Vosloo
Inicialmente, estava previsto que “The Mummy” (1999) se tornasse num remake fiel da obra homónima de terror de 1932, contudo a Universal mudou os planos e transformou-o num blockbuster de acção/aventura baseado na história do filme de 1932. Esta mudança de planos acabou por ser economicamente benéfica para a Universal que, em vez de apostar em mais um remake dum clássico de Hollywood, apostou numa saga de acção/aventura capaz de render algum lucro aos estúdios. Em “The Mummy” o papel de protagonista cabe ao explorador Rick O'Connell (Brendan Fraser), que juntamente com o seu companheiro de armas Beni (Kevin J. O'Connor), descobriu as ruínas da cidade perdida de Hamunaptra no decorrer de uma guerra em 1923. Anos mais tarde, Rick é salvo da forca pela bela e desastrada Evelyn (Rachel Weisz) e pelo seu oportunista irmão Jonathan. Após breves negociações e apresentações, os três partem numa aventura em busca da cidade de Hamunaptra e do tesouro que nela se esconde. O que eles não sabem é que nessas ruínas está enterrado Imhotep, um sacerdote do Antigo Egipto que 3 mil anos antes sofreu uma terrível maldição por se ter apaixonado pela amante do faraó. Sem querer, os exploradores libertam esta poderosa força do mal que quer regenerar o seu corpo e utilizar o de Evelyn para albergar a alma da sua amada, também ela morta há 3 mil anos atrás. O argumento de “The Mummy” foca-se nos mistérios e lendas do Antigo Egipto, este misticismo contribuiu para tornar a história mais interessante e apelativa para o público jovem, geralmente interessado neste tipo de histórias temáticas. Contudo o argumento apresenta algumas falhas, principalmente na história de amor entre Rick e Evelyn que é pouco desenvolvida e explorada, também o passado de Imhotep poderia ter sido abordado de uma forma mais consistente e completa.
Em termos gráficos, o filme apresenta-se a um nível razoável. As personagens criadas através dos processos tecnológicos são bastante credíveis, especialmente a Múmia. As cenas de acção é que desiludem, já que são demasiado simples, não contendo aquele factor de espectacularidade que se espera de um filme de acção. A fotografia acaba por ser o maior ponto de destaque do filme. As belíssimas paisagens do Egipto e os magníficos cenários de Hamunaptra embelezam o filme, enquadrando-o na perfeição no tema e espírito da obra, fornecendo assim o perfeito cenário para as aventuras de O’Connell e companhia. O elenco tem no geral uma performance razoável. Este tem em Brendan Fraser o elemento de maior destaque qualitativo do filme, contudo não se pode dizer que exista um actor que tenha uma performance acima da média. Em suma, “The Mummy” acaba por ser o melhor filme da trilogia, contudo o nível apresentado não chega para ombrear com a qualidade dos grandes Blockbusters de Hollywood, algo que torna esta saga perfeitamente dispensável.
Classificação - 2,5 Estrelas Em 5
1 Comentários
Pode não ser uma obra maior mas este 1º filme é claramente o melhor da saga e já agora do seu realizador.Excelente para descontrair e com alguns momentos de humor.Um rebuçadito que sabe bem sem ser uma sobremesa de eleição.
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