Realizado por Gil Kenan
Com Bill Murray, Tim Robbins, Saoirse Ronan, Martin Landau
Infelizmente, a estreia nacional de “City of Ember” acompanhou a tendência internacional ao não ser devidamente publicitada e minimamente acompanhada pelos diversos meios de comunicação, apesar dos inúmeros elogios tecidos pela imprensa especializada. Este latente desinteresse mediático irá muito provavelmente resultar numa fraca e tímida recepção do público que pouco ou nada sabe sobre esta valorosa e divertida produção, que nos surpreende com gráficos visualmente atractivos e passagens narrativas de alguma intensidade e aventura. Esta aventura tipicamente juvenil transporta-nos até à Cidade de Ember, uma metrópole futurista e próspera que no passado permitiu à Humanidade sobreviver a um súbito e inexplicado apocalipse. Esta bela cidade caracteriza-se pela sua radiosa e incandescente iluminação que, certo dia, começa a desaparecer porque o gerador da cidade começa a falhar. É então que dois curiosos e intrépidos adolescentes tentam descobrir as pistas que lhes permitirão não só descobrir o mistério ancestral da existência da cidade, mas também ajudar os seus habitantes, antes que as luzes da cidade se apaguem para sempre.
O filme é imperfeito em vários aspectos, mas dentro das possibilidades financeiras e do próprio género, “City of Ember” assume-se como uma proposta razoavelmente interessante e cativante que entrelaça na perfeição os momentos de acção e aventura com os momentos de humor e inocência juvenil. É claro que dentro das grandes falhas desta obra temos que destacar o lento e superficial desenvolvimento do argumento que raramente sofre variações, uma simplicidade claramente direccionada aos mais jovens, o público-alvo desta obra. Dentro dos aspectos de qualidade e interesse encontramos os eficazes e cativantes efeitos visuais/especiais que dão vida e luz à cidade. A talentosa direcção de Gil Kenan, um promissor cineasta anglo-israelita, acompanha as expectativas traçadas e deixa boas indicações para um futuro previsivelmente próximo. O jovem elenco principal é composto por Saoirse Ronan e Harry Treadaway, dois ilustres desconhecidos que desempenham com naturalidade e simplicidade os seus papéis. O elenco secundário é abrilhantado com algumas estrelas de Hollywood como Bill Murray ou Tim Robbins, que têm um papel meramente superficial e praticamente irreverente, mas que mesmo assim conseguem atribuir a “City of Ember” um pequeno mas experiente brilho extra. Esta obra de aventura é definitivamente uma agradável surpresa que muito provavelmente será ignorada pelo público português que terá em conta outras propostas mais mediáticas mas menos surpreendentes.
Com Bill Murray, Tim Robbins, Saoirse Ronan, Martin Landau
Infelizmente, a estreia nacional de “City of Ember” acompanhou a tendência internacional ao não ser devidamente publicitada e minimamente acompanhada pelos diversos meios de comunicação, apesar dos inúmeros elogios tecidos pela imprensa especializada. Este latente desinteresse mediático irá muito provavelmente resultar numa fraca e tímida recepção do público que pouco ou nada sabe sobre esta valorosa e divertida produção, que nos surpreende com gráficos visualmente atractivos e passagens narrativas de alguma intensidade e aventura. Esta aventura tipicamente juvenil transporta-nos até à Cidade de Ember, uma metrópole futurista e próspera que no passado permitiu à Humanidade sobreviver a um súbito e inexplicado apocalipse. Esta bela cidade caracteriza-se pela sua radiosa e incandescente iluminação que, certo dia, começa a desaparecer porque o gerador da cidade começa a falhar. É então que dois curiosos e intrépidos adolescentes tentam descobrir as pistas que lhes permitirão não só descobrir o mistério ancestral da existência da cidade, mas também ajudar os seus habitantes, antes que as luzes da cidade se apaguem para sempre.
O filme é imperfeito em vários aspectos, mas dentro das possibilidades financeiras e do próprio género, “City of Ember” assume-se como uma proposta razoavelmente interessante e cativante que entrelaça na perfeição os momentos de acção e aventura com os momentos de humor e inocência juvenil. É claro que dentro das grandes falhas desta obra temos que destacar o lento e superficial desenvolvimento do argumento que raramente sofre variações, uma simplicidade claramente direccionada aos mais jovens, o público-alvo desta obra. Dentro dos aspectos de qualidade e interesse encontramos os eficazes e cativantes efeitos visuais/especiais que dão vida e luz à cidade. A talentosa direcção de Gil Kenan, um promissor cineasta anglo-israelita, acompanha as expectativas traçadas e deixa boas indicações para um futuro previsivelmente próximo. O jovem elenco principal é composto por Saoirse Ronan e Harry Treadaway, dois ilustres desconhecidos que desempenham com naturalidade e simplicidade os seus papéis. O elenco secundário é abrilhantado com algumas estrelas de Hollywood como Bill Murray ou Tim Robbins, que têm um papel meramente superficial e praticamente irreverente, mas que mesmo assim conseguem atribuir a “City of Ember” um pequeno mas experiente brilho extra. Esta obra de aventura é definitivamente uma agradável surpresa que muito provavelmente será ignorada pelo público português que terá em conta outras propostas mais mediáticas mas menos surpreendentes.
Classificação – 3 Estrelas Em 5
1 Comentários
É de facto um filme muito simpático, muitíssimo bem conseguido em termos estéticos, não só pelos cenários industriais e cheios de engenhocas, mas também em termos de luz e contraste, ilustrando da melhor forma a situação desta cidade a meio caminho entre o céu e o inferno, física e metaforicamente. Direcção artística 5 estrelas!!
ResponderEliminarA fraqueza é realmente o argumento, como muito bem referes, o que me surpreende muitíssimo tendo em conta de quem estamos a falar: Caroline Thompson, que escreveu o guião de alguns dos mais inspirados contos de fada do cinema, três deles de Tim Burton: "Eduardo Mãos de Tesoura", "A Noiva Cadáver" e "The Nightmare Before Christmas". Arrisco a pensar que lhe cortaram profundamente a liberdade criativa, mas eu sou suspeita... Porque ela estaria nas suas "sete quintas", e sente-se mesmo um vazio enorme nas temáticas óbvias que ficam por explorar. Também não conheço o original... mas sendo uma produção um pouco alternativa cujo público alvo é o infanto-juvenil, com uns escassos 95 minutos, cheira-me que houve dedo da censura Hollywood aqui...