Crítica - G.I. Joe: The Rise of Cobra (2009)

Realizado por Stephen Sommers
Com Dennis Quaid, Channing Tatum, Sienna Miller, Marlon Wayans

Os famosos soldados de colecção, que durante a década de oitenta preencheram inúmeras prateleiras de lojas de brinquedos, estreiam-se finalmente no cinema através de “G.I. Joe: The Rise of Cobra”, uma obra repleta de explosivas sequencias de acção que retiram substancia e qualidade à história do filme. Ao aproximar-se perigosamente do estilo e ideologia comercial de “Transformers”, “G.I. Joe: The Rise of Cobra” mostrou-se incapaz de apresentar novas formas de surpreender e entreter o espectador, tendo apostado numa fórmula segura e repetitiva que enaltece as sequências de acção em detrimento do aprofundamento narrativo.
A história do filme centra-se nas aventuras de uma unidade militar de elite denominada de G.I. Joe. Esta equipa formada pelos mais capacitados agentes do mundo e possuidora da tecnologia mais avançada do planeta, tem a difícil missão de derrubar a Cobra, uma organização criminosa de tráfico de armas que é liderada pelo impiedoso Destro, um perigoso vilão que ameaça tomar o planeta de assalto. Caberá à fantástica equipa de elite cumprir a missão e derrotar os malfeitores.


Os explosivos confrontos e as desenfreadas perseguições entre as duas grandes facções da história preenchem uma grande parte da duração do filme, relegando o desenvolvimento e o aprofundamento narrativo para segundo plano, assim sendo, todas as informações materiais relativas ao passado e presente da história são timidamente explicadas e contextualizadas através de diálogos superficiais e flashbacks desorganizados. Esta débil construção e estruturação do argumento provoca o desinteresse do espectador pela história do filme e praticamente deposita todo o interesse da obra nas extensas sequências de acção.
Os seus grandes momentos de adrenalina estão repletos de efeitos visuais apelativos e de múltiplas sonoridades ensurdecedoras que captam facilmente a atenção do espectador, no entanto, uma produção de qualidade deveria apresentar mais elementos de interesse, algo que “G.I. Joe: The Rise of Cobra” não faz. As cativantes sequências de acção podem até convencer o espectador, mas certamente que não serão capazes de o deslumbrar porque lhes falta alguma maturidade e inteligência, características que apenas são dignas dos mais sérios e grandiosos filmes de acção. A mediocridade também atingiu um elenco composto por actores que apresentam performances esquecíveis e insatisfatórias. Channing Tatum e Dennis Quaid desiludem como principais figuras da facção militar, já Sienna Miller e Rachel Nichols encantam, mas somente através dos seus atributos físicos fortemente reforçados pelas suas reveladoras indumentárias. O competente Christopher Eccleston não desilude como vilão principal. O sucesso comercial de “G.I. Joe: The Rise of Cobra” está praticamente garantido pelo sucesso do franchise e pelos atractivos efeitos visuais que pautam o filme, no entanto, a sua fraca qualidade generalizada não justifica esse sucesso.

Classificação – 2 Estrelas Em 5

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2 Comentários

  1. Olá JT

    Quero muito conferir esse filme, apesar de seguir a mesma linha de Transformers. Sei que não deve ser grande coisa, mas o trailer cheio de ação me agradou. Só não verei no cinema por causa da gripe A, mas acho que aguento esperar sair em DVD.

    Abraço e até mais.

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  2. Achei a crítica tendenciosa.

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