Crítica - The Burning Plain (2008)


Realizado por Guillermo Arriaga
Com Charlize Theron, Kim Basinger, Joaquim de Almeida, Jennifer Lawrence

O aclamado guionista Guillermo Arriaga não conseguiu surpreender o público internacional com “The Burning Plain”, uma produção extremamente desapontante que tem sido fortemente criticada pela imprensa especializada. “The Burning Plain” é um melodrama substancialmente previsível e depressivo, que nos apresenta uma débil narrativa que é composta por várias histórias desinteressantes e excessivamente sentimentalistas que abordam, sem grande sucesso prático e ideológico, algumas problemáticas sociais e psicológicas


O débil argumento, da autoria de Guillermo Arriaga, assume uma estrutura narrativa extremamente semelhante à dos seus anteriores trabalhos, ou seja, estamos novamente perante uma narrativa que nos apresenta várias histórias independentes que eventualmente se cruzam durante o desenvolvimento do filme. Neste caso concreto, estamos perante quatro conturbadas histórias que têm Sylvia como denominador comum. Sylvia (Charlize Theron) é uma bela gerente de restaurante, cujo frio comportamento profissional mascara a tempestade sexual que lhe percorre o corpo, mas quando um estranho mexicano a confronta com o seu misterioso passado, Sylvia vê-se atirada para uma viagem através do tempo e do espaço que a liga inexoravelmente a personagens muito diferentes, todas elas lutando com os seus destinos românticos. Ao contrário de “Babel” ou “21 Grams”, as duas obras-primas narrativas de Arriaga, “The Burning Plain” apresenta-nos um número excessivo de problemáticas que infelizmente não são abordadas com o devido pormenor e qualidade, sendo aereamente desenvolvidas através de várias personagens desinteressantes que assumem vários comportamentos previsíveis e estereotipadas que conduzem a uma conclusão sofrível e insatisfatória.


A direcção de Guillermo Arriaga é inimaginativa e obscura, assemelhando-se demasiado ao estilo visual que nos é apresentado nos vários trabalhos cinematográficos de Alejandro González Iñárritu, uma das principais referências criativas de Arriaga. A medíocre prestação da realização é compensada pela brilhante performance geral do elenco, entre as prestações mais positivas encontramos as dramáticas performances individuais de Charlize Theron e Kim Basinger, que nos cativam e deslumbram com as suas respetivas interpretações. O público português também poderá apreciar uma agradável performance de Joaquim de Almeida, um dos actores mais produtivos do elenco. Esta obra dramática de Guillermo Arriaga mereceu indiscutivelmente a desaprovação da crítica especializada, porque não nos apresenta grandes elementos de interesse, exceptuando obviamente o talentoso elenco que lhe incute alguma qualidade e profundidade.

Classificação – 2 Estrelas Em 5

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1 Comentários

  1. Eu adorei o filme. Um drama intenso, com personagens reais... Fabuloso.

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