Crítica - A Christmas Carol (2009)


Realizado por Robert Zemeckis
Com: Jim Carrey, Gary Oldman, Colin Firth, Robin Wright Penn

Quando Charles Dickens escreveu a sua obra-prima natalícia em meados do século XIX, longe devia estar de imaginar que o seu fantástico e ambicioso conto se iria transformar numa das mais amadas histórias de todos os tempos. “A Christmas Carol” é um belo e maravilhoso conto de Natal, transposto para o grande ecrã inúmeras vezes. Estamos a falar de uma história eterna; uma comovente e deliciosa obra-prima que nos faz reflectir e relembrar o bom espírito natalício. Depois de “Polar Express” e “Beowulf”, Robert Zemeckis continua a apostar forte na tecnologia do motion capture ou performance capture, uma tecnologia que aproveita as interpretações reais dos actores e as molda para um formato de animação digital. “A Christmas Carol” distancia-se dos outros dois filmes ao introduzir o formato 3D e, verdade seja dita, este mais recente filme do aclamado realizador é uma autêntica obra de arte contemporânea!


A história é mais que conhecida e segue os passos do avarento velho Ebenezer Scrooge. Ignorado e incompreendido pelos seus pares durante a infância, Scrooge (Carrey) transforma-se num velho solitário e mal-humorado que detesta o Natal e tudo o que tenha a ver com este evento. Imune a qualquer noção de fraternidade ou companheirismo, Scrooge recusa-se a festejar o Natal com a sua família e prefere ficar no seu escritório a fazer contas e a guardar a sua fortuna. Porém, numa maldita véspera de Natal como tantas outras, Scrooge irá receber a visita de três misteriosos fantasmas que o farão ver a vida com outros olhos e talvez despertar o seu reprimido espírito natalício. Será justo dizer que “A Chritmas Carol” é um triunfo em todos os aspectos. Visualmente, estamos perante um dos mais fascinantes filmes de todos os tempos! Em termos técnicos, esta obra é simplesmente perfeita e a tecnologia 3D ajuda o espectador a ficar ainda mais boquiaberto. O detalhe empregue na iluminação, na textura de cada cena é fenomenal e faz-nos realmente sentir o ominoso negrume do século XIX. Cada frame da película demonstra todo o amor e carinho para com a obra original de Dickens e, acima de tudo, “A Chritmas Carol” afirma-se como uma verdadeira ode à magia do Natal e à importância do espírito natalício que apenas pretende despertar o melhor de cada homem e mulher.


De tão imersos que estamos no excelente e equilibrado argumento, os noventa e seis minutos do filme passam a correr e todos saímos da sala com um renovado sorriso nos rostos enregelados pela chuva e pelo vento. “A Christmas Carol” afirma-se como o filme de Natal número um dos últimos anos.


Classificação – 4,5 Estrelas Em 5
Leia a 2ª CríticaAQUI

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3 Comentários

  1. Esperava mais um cliché natalício mas fiquei curioso ao ver imensas críticas positivas ao filme! Será portanto uma boa aposta no cinema actualmente.

    Abraço

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  2. Vi e a crítica confirmou-se... excelente!

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  3. Vi este filme e fiquei espantado com a execução, máxima qualidade neste género de animação. E, claro, a história não envelhece.

    http://onarradorsubjectivo.blogspot.com/

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