Realizado por Michael J. Bassett
Com James Purefoy, Pete Postlethwaite, Rachel Hurd-Wood, Max von Sydow
Tive a oportunidade de visionar “Solomon Kane” – o mais recente trabalho do jovem realizador Michael J. Bassett – na cerimónia de abertura da recentemente terminada 30ª edição do FantasPorto. Apesar de estar longe de ser um filme brilhante, “Solomon Kane” é daqueles filmes que consegue chamar a atenção e cativar a grande maioria dos espectadores. Seja pela atraente e apelativa componente visual, seja pela simpatia que o grande público habitualmente tem para com este tipo de épicos fantásticos que nos transportam para mundos onde o heroísmo, a bravura e a aventura reinam sem fim, o certo é que “Solomon Kane” praticamente esgotou as duas sessões da abertura oficial do festival internacional de cinema do Porto. E como se isso não bastasse, apesar da crítica em geral não ter muito de positivo a dizer acerca do filme, “Solomon Kane” venceu mesmo o Prémio do Público do “Fantas” 2010. Distinção imerecida? Exagerada? Tudo leva a crer que sim.
Com James Purefoy, Pete Postlethwaite, Rachel Hurd-Wood, Max von Sydow
Tive a oportunidade de visionar “Solomon Kane” – o mais recente trabalho do jovem realizador Michael J. Bassett – na cerimónia de abertura da recentemente terminada 30ª edição do FantasPorto. Apesar de estar longe de ser um filme brilhante, “Solomon Kane” é daqueles filmes que consegue chamar a atenção e cativar a grande maioria dos espectadores. Seja pela atraente e apelativa componente visual, seja pela simpatia que o grande público habitualmente tem para com este tipo de épicos fantásticos que nos transportam para mundos onde o heroísmo, a bravura e a aventura reinam sem fim, o certo é que “Solomon Kane” praticamente esgotou as duas sessões da abertura oficial do festival internacional de cinema do Porto. E como se isso não bastasse, apesar da crítica em geral não ter muito de positivo a dizer acerca do filme, “Solomon Kane” venceu mesmo o Prémio do Público do “Fantas” 2010. Distinção imerecida? Exagerada? Tudo leva a crer que sim.
Não que esta obra do género “fantástico” seja abominavelmente má ou desprezível; mas como tantos outros filmes do género, “Solomon Kane” não consegue levar a bom porto uma primeira meia hora de bom nível, acabando por sofrer dos males de um argumento com inúmeras falhas e com uma notável impotência para aproveitar o enorme potencial e carisma da sua personagem principal. Culminando numa película modesta, previsível e frustrantemente decepcionante.
A narrativa leva-nos a acompanhar as aventuras de Solomon Kane (Purefoy), um guerreiro errante, poderoso, arrogante e ganancioso. Sem casa onde se albergar, Kane vive para a guerra e para o furor da conquista, adoptando o caos da batalha como seu único verdadeiro habitat. É no fervor de mais uma sanguinária conquista que o impiedoso guerreiro dá de caras com o Ceifeiro do Diabo. Esta poderosa, temível e impressionante criatura diz-lhe que, em virtude dos seus pecados e de todas as vidas humanas que tirou, Kane está condenado a morrer naquele mesmo instante, devendo ajustar contas com o Diabo nos Infernos. Mas, vigoroso e batalhador, Solomon Kane não está disposto a morrer ainda… Tal determinação leva-o a combater a criatura e a escapar do seu anunciado tormento. Porém, apesar disto, a alma de Kane fica irremediavelmente condenada e, após vários meses de reclusão e meditação, o guerreiro acaba por encontrar uma única escapatória para a sua maldição: se quiser salvar a sua alma, Solomon Kane terá de ajudar uma pobre família a escapar das garras do Mal. Pois ele ainda está a tempo de fazer valer os seus talentos em nome do Bem e de uma causa nobre e decente.
A narrativa leva-nos a acompanhar as aventuras de Solomon Kane (Purefoy), um guerreiro errante, poderoso, arrogante e ganancioso. Sem casa onde se albergar, Kane vive para a guerra e para o furor da conquista, adoptando o caos da batalha como seu único verdadeiro habitat. É no fervor de mais uma sanguinária conquista que o impiedoso guerreiro dá de caras com o Ceifeiro do Diabo. Esta poderosa, temível e impressionante criatura diz-lhe que, em virtude dos seus pecados e de todas as vidas humanas que tirou, Kane está condenado a morrer naquele mesmo instante, devendo ajustar contas com o Diabo nos Infernos. Mas, vigoroso e batalhador, Solomon Kane não está disposto a morrer ainda… Tal determinação leva-o a combater a criatura e a escapar do seu anunciado tormento. Porém, apesar disto, a alma de Kane fica irremediavelmente condenada e, após vários meses de reclusão e meditação, o guerreiro acaba por encontrar uma única escapatória para a sua maldição: se quiser salvar a sua alma, Solomon Kane terá de ajudar uma pobre família a escapar das garras do Mal. Pois ele ainda está a tempo de fazer valer os seus talentos em nome do Bem e de uma causa nobre e decente.
O grande (e único) trunfo do filme reside no arrojo da sua componente visual. “Solomon Kane” coloca o espectador no centro de batalhas arrebatadoramente épicas e cenários morbidamente apelativos. Muitas estranhas criaturas se escondem nas sombras e não hesitam em fazer frente à icónica e determinada personagem. O que enaltece o espírito de aventura, algo essencial para que este tipo de películas tenha o mínimo sucesso no grande ecrã. James Purefoy consegue trazer algum carisma à personagem, representando com sucesso aquela figura do guerreiro errante, solitário e ferido por um passado trágico. Como se percebe, a junção de tal personagem com um ambiente fantástico semelhante a um pós-apocalipse, tinha potencial para nos oferecer muito mais. Porém, o defeituoso e previsível argumento amputa qualquer possibilidade de criar algo diferente, dotando “Solomon Kane” da (infelizmente) habitual série de clichés imaturos, irrealistas e terrivelmente previsíveis.
De facto, após um primeiro terço de filme empolgante, enérgico e cativante, a narrativa acaba por ir perdendo força com o passar dos minutos. A certa altura e apesar dos esforços de Purefoy, tudo começa a decorrer de forma muito “certinha” e “hollywoodesca”, conferindo a “Solomon Kane” a inglória etiqueta de “apenas mais um filme épico de acção”. Para os adeptos de épicos vistosos e recheados de criativos efeitos especiais, “Solomon Kane” não terá como desiludir. Para os defensores de um cinema mais exigente e dotado de rasgos de genialidade fora do vulgar, esta obra de Michael J. Bassett depressa cairá no esquecimento.
De facto, após um primeiro terço de filme empolgante, enérgico e cativante, a narrativa acaba por ir perdendo força com o passar dos minutos. A certa altura e apesar dos esforços de Purefoy, tudo começa a decorrer de forma muito “certinha” e “hollywoodesca”, conferindo a “Solomon Kane” a inglória etiqueta de “apenas mais um filme épico de acção”. Para os adeptos de épicos vistosos e recheados de criativos efeitos especiais, “Solomon Kane” não terá como desiludir. Para os defensores de um cinema mais exigente e dotado de rasgos de genialidade fora do vulgar, esta obra de Michael J. Bassett depressa cairá no esquecimento.
Classificação – 3 Estrelas Em 5
33 Comentários
A minha expectativa com este filme era grande, e grande se tornou a minha desilusão. Realmente tem algumas partes boas e dramáticas, impressionantes mesmo, mas a maior parte do filme pode ser apenas considerado como fraquinho ou paradote.
ResponderEliminarChove ou neva em 90% do filme, há cenas de suspense em que se esperava acontecer alguma coisa, mas na realidade nada acontece.
A primeira parte do filme pode mesmo levar os mais inconformáveis a bater uma soneca.
Um clássico da História que mostra bem como um Rei enfrenta o seu destino a anos luz de qualquer ser humano sem a mesma capacidade de luta, mas que nos obriga à vida mais dura em sacrificio se desconhecemos a verdade também não temos destino e cairemos nas prisões.
ResponderEliminarUm ÓTIMO filme!
ResponderEliminarA fotografia é arte pura...
ResponderEliminaro filme é mt bom mt bom msm a escolha de musica no mometo de luta esse filme da de 10 a 0 em modinhas de crepusculo
ResponderEliminarFilme muito bom. Não deixem que críticos escolham por vcs qual filme ver. Eles são sempre tendenciosos e nem sempre possuem bom gosto. Afinal, gosto não se descute.
ResponderEliminarA história é boa, assim como as batalhas.
A intenção de qualquer crítico nunca é (pelo menos não deve ser) indicar ao espectador que filmes deve ou não ver. A crítica deve sempre ser encarada como uma sugestão ou um factor de aconselhamento quando se está indeciso relativamente a um qualquer filme. Claro que gostos não se discutem e a crítica não proíbe o espectador de ver um determinado filme. O que qualquer crítico tenta é levar o espectador a visionar um cinema de melhor qualidade. Prevenir o espectador de possiveis desencantamentos e orientá-lo no sentido de um melhor cinema. Seguir ou não a sugestão do crítico está sempre nas mãos do espectador. Mas quando um espectador vai ver um filme que só teve críticas negativas, pelo menos já sabe que entra na sala de cinema por sua conta e risco...
ResponderEliminarAcredito que o papel do crítico é ser perfeccionista ao extremo, exatamente onde o filme poderia ser melhorado, esceto nos casos em que ele se rende ao fato de não ter argumentos mínimos para expor qualquer tentativa, dito isso, respeito a crítica por que o que eu penso dela é que: os cenários, os personagens, os conceitos criados, o clima do filme, a idéia central da história são tão bons(tô babando a muuito tempo não tinha naada perto disso) que dá vontade ser melhor do que já é!Talvez realmente naquilo que o crítico aborda, eu acho que o começo ficou tão bom que o final ficou corrido(o feitiçeiro surgiu do nada, o castelo e o monstro final poderia ser melhor trabalhado) que venha o próximo.
ResponderEliminarsinceramente...adorei o filme!!mto bom =)
ResponderEliminarEu nunca vi um crítico falar bem de Conan o Bárbaro, Tripo X, Velozes e Furiosos. Filme de macho pra eles é tudo ruim; filmes afeninados que são bons pra eles. Portanto, qualquer crítico que escreve, eu parto do pressuposto que é uma bixona.
ResponderEliminarBom eu gostei do filme achei que a personagem Salomão Kane está be fiel aos contos do Howard, embora a história de pacto seja própria do filme, achei interessante e espero uma sequência.
ResponderEliminarJEB, O Sombra, Sou da turma dos exigentes quanto à fidelidade ao personagem e à obra originais. Ou mantém ou melhora, nada de adaptar pra alcançar um publico maior. Mesmo caso do Jonah Hex. Mas, para quem não conhece os escritos do Robert E. Howard e não viu tantos filmes, vai bem. E é melhor ter algum Solomon do que nenhum, é bom divulgar... Mas pra mim perderam a chance de fazer direito. Espero que o John Carter de Marte saia legal, fiquem de olho nesse.
ResponderEliminart+
Crítico não tem nada pra fazer! Se o crítico acha tantos pontos ruins em um filme, por que então não faz um melhor e ganha muito dinheiro e sucesso? São um bando de fracos e derrotados mesmo!
ResponderEliminara meu ver, o filme ficou realmente devendo, pois tinha belas cenas. Mas a historia banal realmente deixou a desejar. Ainda assim sendo um bom filme com boas batalhas.
ResponderEliminarBaseado na obra do criador de Conan. Alguma dúvida quanto a história? Ótimo!
ResponderEliminarDedendo piamente o crítico Rui Madureira. Ele expressa a sua opnião em relação ao filme, portanto cabe a qualquer pessoa julgar o que foi escrito. Vale salientar que Madureira tem experiência em relação à crítica de cinema! Portanto, o que temos em mente de 'o melhor ou pior filme' é irrelevante! Tem que assistir para depois criticar... Agora, não adianta dinegrir a imagem do Rui.
ResponderEliminare isso aer crepusculo em 1ª lugar
ResponderEliminarCrítico = Político.
ResponderEliminarfala d+ por não ter nada a dizer!
ka-ka-ká!!! O "Franco" divide a classificação de filmes em "filmes de macho" e filmes "efenimados" (sic); depois chama os críticos de "bixonas" (ñ é c/ "ch" não, "anarfa"??) xD. Por aí dá pra ter uma idéia do nível "curturar" do cara... Vai estudar, mané!!!! xD xD xD
ResponderEliminarCriticos são tudo um bando de viadinhos mesmo!!!!
ResponderEliminartodos os filmes que eu vi a critica elogiar são horriveis são aqueles filmes q vc quer q termine logo p ir embora.....então quando vejo a critica decer o pau eu ja sei q o filme vai ser bom......e foi dito e feito solomon k simplismente fantastico cenas bem feitas a fotografia diguina de oscar enfim um filme de tirar o chapeu dentro do seu estilo.
ResponderEliminareu gostei, mas acho que a historia poderia ser melhor explorada sim. os argumentos foram muito fracos, e em alguns momento eu dei ate risada, o que é chato, pois se o roteiro fosse melhor elaborado, eu levaria o filme mais a sério e conseguiria sair do cinema achando o filme realmente incrivel. a fotografia é incrivel, atuação de purefoy excelente, cenarios, figuros e maquiagem 10, mas a historia... repetitiva e sem criatividade.
ResponderEliminar"O que qualquer crítico tenta é levar o espectador a visionar um cinema de melhor qualidade."
ResponderEliminaré aí que reside a minha pergunta: "Afinal, o que é esse tal cinema de qualidade"?
Até parece que os críticos são entidades etéreas que possuem o poder de definir o que é bom gosto e mau gosto.
Enfim... Voltando ao Solomon Kane, não o considero um filme desprezível, embora o roteiro poderia realmente evitar algumas situações fáceis do tipo "Herói salva mocinha". Sem contar que a revelação de quem 'era o homem por trás da máscara" já estava na cara logo na metade.
Mesmo assim é bom levar em conta que o argumento destacou a maior característica do personagem, um homem temente a Deus que, por contradição, precisa matar para redimir a sua alma.
Essa contradição teve grande destaque e só não prestou atenção quem ficou perdendo tempo procurando palavras para detonar o filme.
Esses que acharam o filme "bom" ou "muito bom" só devem estar falando dos efeitos especiais e olhe lá, pois a única coisa que ele desperta ao longo das cenas após um começo que até impressiona, é SONO!
ResponderEliminaro filme é legal , mais oque eu gostei mais de ver é o samuel (patrick hurd wood) ele é lindo ♥
ResponderEliminaro filme é muito ruim... várias vezes pensei em desistir de chegar ao final...
ResponderEliminaré uma mistura de cenários de senhor dos anéis (tem até uns caras que parecem orcs) + um personagem principal que lembra o Van Helsing só que com os problemas de que vai perder a alma para o diabo iguais aos do filme Constantine... hahaha
ótimo, quem achar ruim q faça um melhor!!!!
ResponderEliminarÉ um filme muito bom. Se gostam desse estilo de filme, assistam.
ResponderEliminarNão se esqueçam que o intuito desse filme é entreter o espectador com a história e o ambiente, assim como nos games, quadrinhos, RPG's e outros. A crítica tem que ser levada como uma análise técnica do filme, e aconselho a lê-la depois de assistir os filmes que teve vontade de ver.
Vi um boa análise de Rui Madureira, mas eu gostei do filme sim.
Pessimo filme. De mau gosto mesmo.
ResponderEliminarmuitos críticos geralmente são frustrados,pois não são diretores(sem talento pra tal),não são atores(não sabem interpretar e são feios),ou seja são raivosos devido a não conseguirem nada,aí tem acha que pode criticar o trabalhao alheio.muitos não tem nem formação com doutorado e ou mestrado na área de comunidacação ou cinema..aí o cara acha que sabe de algo. a melhor coisa de saber qual filme asssitir e pesquisar quem é o diretor,os atores,a historia que tão fazendo..se eh sobre algum livro ou sobre desenho e tal e investigar antes.e tudo eh adaptação ninguém vai conseguir pegar um livro e colocar num filme certinho... primeiro cinema é entretenimente e dinheiro amigo.não adianta se vc quer que fique igual ao livro e tal. é só reler o livro denovo.:)
ResponderEliminares um filme tao bom quanto anjos da noite,constantine,10 meu.adorei o ator,ele viveu o personagem.vai ficar na memoria de quem assistir,igual vanhelsing e outros ja comentado.parabns
ResponderEliminarNão gostei.
ResponderEliminarGostei do filme, apesar de não ter entendido muito bem o fato de um homem do "bem" ter que matar para ser salvo; mas tudo bem! É bom para nos levar à reflexão. Valeu pela capacidade de entretenimento! Gostei muito.
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