Crítica - Harry Potter and the Philosopher's Stone (2001)

Realizado por Chris Columbus
Com Daniel Radcliffe, Rupert Grint, Richard Harris, Emma Watson

O primeiro livro da série literária “Harry Potter”, “Harry Potter and the Philosopher's Stone”, obteve um sucesso instantâneo no Reino Unido e nos Estados Unidos da América, um destino partilhado pelos outros seis livros que acabaram por transformar a sua autora, J. K. Rowling, numa das mulheres mais ricas e influentes do mundo. A Warner Bros. não ficou indiferente a este sucesso comercial e decidiu levar ”Harry Potter” aos cinemas, uma decisão que se revelou acertada porque todos os seus filmes foram um verdadeiro sucesso financeiro. O primeiro “Harry Potter” a ser produzido por este famoso estúdio norte-americano foi este “Harry Potter and the Philosopher's Stone”, um filme divertido e fiel à sua base literária que nos relata a primeira aventura de Harry Potter (Daniel Radcliffe), um rapaz sonhador que é filho de dois feiticeiros que foram mortos por um maléfico feiticeiro quando Harry ainda era um bebé. Após a morte dos seus pais, Harry foi acolhido pelos seus tios que o trataram mal durante onze anos, no entanto, este seu suplício termina quando é convidado para se matricular em Hogwarts, uma famosa escola que é mundialmente conhecida por formar os melhores feiticeiros. Apesar dos protestos dos seus tios, Harry aceita o convite e inicia o seu primeiro ano nesta famosa escola ao lado de Ron Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson), dois pequenos feiticeiros que se aliam a Harry para combater o famoso feiticeiro maléfico que quase o matou há onze anos atrás.


O enredo de “Harry Potter and the Philosopher's Stone” é bastante fiel à sua base literária mas é claramente o mais infantil da série, sendo por isso alvo de um certo desprezo por parte do público mais adulto que prefere os filmes mais sombrios da série como “Harry Potter and the Prisioner of Azkaban” (2004) ou “Harry Potter and the Half-Blood Prince” (2009), no entanto, somos mesmo assim confrontados com uma narrativa razoável e minimamente cativante que nos apresenta às principais personagens de “Harry Potter” e que nos oferece uma primeira aventura relativamente interessante. É verdade que “Harry Potter and the Philosopher's Stone” é o filme menos sentimental e sombrio dos oito, mas também é verdade que seria comercialmente arriscado oferecer a um público infantil ou adolescente, um filme introdutório onde a emoção prevalece sobre a acção.


A vertente narrativa de “Harry Potter and the Philosopher's Stone” pode ser medíocre mas a sua vertente técnica/visual é extremamente satisfatória. A decisão da Warner Bros. de contratar Chris Columbus para realizar este primeiro filme foi muito contestada, mas a verdade é que o cineasta silenciou os seus críticos com este seu trabalho porque soube incutir a esta obra a essência fantástica e ilusória de “Harry Potter” através de várias cenas visualmente fascinantes como as do Jogo de Quidiwitch ou da Batalha Final. A par dos seus maravilhosos efeitos visuais, “Harry Potter and the Philosopher's Stone” também contém uns atraentes cenários e uma fantástica banda sonora da autoria de John Williams. O seu elenco também é um dos seus melhores elementos e também contribuiu para o seu enorme sucesso comercial. As suas três estrelas infantis - Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson – oferecem-nos três performances absolutamente fantásticas e o seu elenco secundário é abrilhantado pelos carismáticos trabalhos individuais de icónicos actores, como Richard Harris, Maggie Smith e Alan Rickman. “Harry Potter and the Philosopher's Stone” não é um filme soberbo, mas cumpriu as expectativas e tornou-se num enorme sucesso comercial que abriu caminho para sete filmes mais sérios e mais emocionantes que acabaram por colocar “Harry Potter” entre as sagas mais famosas da indústria cinematográfica.


Classificação – 3,5 Estrelas Em 5

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