Pérolas Indie - Kill List (2011)

Realizado por Ben Wheatley
Com Neil Maskell, MyAnna Buring, Michael Smiley
Género – Thriller/ Terror

Sinopse – Jay (Neil Maskell) é um homem de família de meia-idade que decidiu abandonar o exército britânico para se transformar num eficaz assassino contratado. A sua nova careira deu alguns frutos no início, mas um desastroso trabalho em Kiev (Ucrânia) deixou-o física e mentalmente marcado. Oito meses após esse fatídico trabalho, Jay e a sua família estão à beira da falência mas o seu parceiro e melhor amigo, Gal (Michael Smiley), convence-o a aceitar uma nova e rentável missão que resolverá todos os seus problemas financeiros. À medida que se vão deixando levar pelo mundo obscuro e perturbador desse rentável trabalho, Jay começa a demonstrar, uma vez mais, os sintomas que conduziram ao fracasso da Missão de Kiev e que desta vez ameaçam arrasta-lo para um profundo e violento estado depressivo de onde não conseguirá sair.

Crítica – As satisfatórias críticas que recebeu, nos vários festivais internacionais de cinema onde foi exibido, faziam antever um filme memorável, mas “Kill List” não é de longe nem de perto um filme excelente, muito embora seja uma das obras mais intrigantes e complexas do ano. A sua trama tem um início lento e cheio de melodramas familiares, mas ganha um novo folgo quando uma misteriosa e até então irrelevante personagem secundária (Fiona - Emma Fryer) faz algo de muito estranho na casa do protagonista, dando assim início a uma série de momentos bizarros que nos levam a questionar se estamos perante um complexo filme de terror com uma forte essência sobrenatural ou se, por outro lado, estamos perante um thriller fora do normal com uma profunda carga psicológica. Os seus últimos vinte minutos revelam-nos finalmente a sua verdadeira essência, mas não esclarecem a lógica que está por detrás da maioria dos seus estranhos acontecimentos nem oferecem uma resposta concreta e/ou satisfatória para a maioria das dúvidas que vão sendo levantadas durante o filme, ou seja, é um final muito subjetivo que permite ao espectador fazer a sua própria interpretação sobre esta misteriosa obra que acaba por não ser tão violenta como parece, muito embora existam duas ou três cenas algo gráficas e sangrentas, nomeadamente a que nos mostra Jay e Gal a torturarem um dos homens que têm que matar no âmbito do seu contrato. Em suma, Ben Wheatley não criou nenhuma maravilha da sétima arte, mas este “Kill List” até é um filme interessante e cheio de cenas curiosas que prometem intrigar os espectadores.

Classificação – 3,5 Estrelas Em 5

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