Crítica - G.I. Joe: Retaliation (2013)

Realizado por Jon M. Chu
Com Channing Tatum, Ray Park, Dwayne Johnson, Bruce Willis

O pobre legado de “G.I. Joe: The Rise of Cobra” (2009) era simples de superar, por isso não é de estranhar que a sua sequela, “G.I. Joe: Retaliation”, seja relativamente superior a essa primeira adaptação cinematográfica dos famosos bonecos “G.I.Joe” da Hasbro. É um facto que “G.I. Joe: Retaliation” tem mais conteúdo e está melhor construído mas, ainda assim, não é suficientemente cativante para rivalizar com os maiores filmes de ação e aventura do momento. Seguindo os eventos de “G.I. Joe: The Rise of Cobra”, “G.I. Joe: Retaliation” mostra-nos a continuação da luta dos G.I. Joes contra a Organização Cobra, mas também o inicio do confronto entre esta corajosa equipa e o próprio governo norte-americano que, por força de um plano maquiavélico, ordenou a sua irradicação e exterminação.

 

Tal como o seu fraco antecessor, “G.I. Joe: Retaliation” é composto, quase exclusivamente, por medianas sequências de ação cheias de explosões e tiroteios. O seu argumento é assim, uma vez mais, afetado pela falta de espaço e pela excessiva aglomeração de cenas carregadas de adrenalina que, embora entretenham, complicam a nossa tarefa de encontrar alguma espécie de fio narrativo no meio de tantos tiroteios. A histórica rivalidade entre os G.I.Joes e a Cobra volta a estar no centro da história, mas desta vez somos brindados com um pouco mais de contexto e, surpreendentemente, com um pequena dose de emoção, no entanto, não espere encontrar muita lógica e inteligência no seio deste portentoso confronto entre duas organização que representam, respetivamente, as ideologias do bem e do mal. Tal como em “G.I. Joe: The Rise of Cobra”, Storm Shadow e Snake Eyes voltam a ser os intervenientes mais curiosos desta continuação. A sua rivalidade pessoal é outra vez levada ao extremo da fisicalidade, já que os dois envolvem-se, a certa altura, com os seus respetivos aliados, numa poderosa luta muito bem orquestrada, que representa o melhor deste produto dentro dos confrontos corpo-a-corpo. É verdade que esta rivalidade volta a não ter muito contexto, mas a emoção está toda lá. O seu duelo culmina ainda com uma reviravolta bem interessante. O resto do filme não tem nada de mais e tem ainda um desfecho calculável, no entanto, convém referir a presença de uma emotiva reviravolta inicial que, se não tivesse sido arruinada pelos trailers antes até do filme começar, poderia até ter causado alguma surpresa ao espetador. O rol de estrelas do seu elenco têm um trabalho físico muito satisfatório, mas tudo o resto é bastante falível. Bruce Willis e Dwayne Johnson, Jonathan Pryce e Lee Byung-hun dominam as cenas de ação, ao contrário de Adrianne Palicki que, simplesmente, não tem estofo para este produto de ação que apenas deverá conseguir entusiasmar os apreciadores do género, tal como o seu antecessor. 

 Classificação – 2 Estrelas em 5

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3 Comentários

  1. Olá João! Fui ver o GI Joe esta semana e fiquei bastante impressionada, positivamente, com o resultado final. Mesmo porque fui completamente às escuras (entenda-se que não vi o trailler). Não sou grande fã deste tipo de filmes (de todo) mas estava a precisar tanto de me entreter e desligar o cérebro que acabei por sair do cinema satisfeita (realmente o cérebro desligou...=D). Talvez por nunca esperar grande coisa deste tipo de filmes, acho que a grosso modo são todos iguais, gostei do filme. Entretém, bons efeitos especiais e alguma falas divertidas... Em resumo, acho que até vale o tempo do filme e se eu, não sendo apreciadora deste tipo de filme, me interessei, imagino que para quem gostem vai achar aqui um bom/razoável filme! Ou então o meu cerebro estava mesmo todo frito..ahhahah... Beijo*

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  2. Obrigado Imbróglia. Se gosta de filmes de ação, então não acho estranho ter gostado deste. O que acho é que G.I.Joe não é pior que outros filmes do género recentes.

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