Crítica - Spring Breakers (2013)

Realizado por Harmony Korine 
Com Selena Gomez, Vanessa Hudgens, Ashley Benson, James Franco 

 É complicado enquadrar “Spring Breakers” num género específico. Eu diria que este bizarro mas curioso projeto de Harmony Korine aproxima-se de uma espécie de cruzamento entre um filme de ação e um thriller erótico alternativo. O que é certo é que estamos perante uma obra relativamente singular, que nos seduz com o seu exuberante e ocasionalmente cómico enredo semi-sério que se foca na pequena aventura criminal de quatro adolescentes sensuais (Selena Gomez, Vanessa Hudgens, Ashley Benson e Rachel Korine) que, por não terem dinheiro para participar na sua viagem de finalistas, resolvem levar a cabo um assalto a um restaurante. Já depois de conseguirem o seu objetivo capitalista e de gastarem o dinheiro numa noite de festa excessiva, estas quatro jovens acabam por ser presas. Elas são posteriormente libertadas quando um gangster local, Alien (James Franco), paga-lhes a fiança e leva-as numa perigosa e selvagem viagem de finalistas que mudará a perspetiva de vida destas jovens ingénuas e mal comportadas.

   

O argumento de “Spring Breakers” está equipado com uma apelativa dose de ação e sensualidade, mas não é enriquecido por nenhuma grande artimanha narrativa ou dramática. A sua premissa é tão simples como parece, mas é apimentada pela inteligente construção das personagens principais e do exuberante ambiente que rodeia a sua trama, onde acompanhamos um grupo de belas jovens estudantes que são apanhadas numa espiral descendente de péssimas decisões que as vão enterrando cada vez mais no sujo e perigoso mundo do crime. Esta obra pode até não ter quase nenhuma profundidade, mas não há dúvidas que é muito engraçado ver quatro jovens com roupas reduzidas e um grande sex appeal a praticarem atos criminosos ou eróticos muito pouco recomendados. Eu digo quatro quando deveria dizer três, porque uma das jovens meninas abandona a expedição criminal um pouco cedo de mais e acaba por não fazer nada de muito errado. Esta rapariga (Faith) representa o único pedaço de moralidade que existe nesta produção, já que as outras três jovens e o seu novo amigo criminoso gostam nitidamente de se divertirem sem controlo e de violarem abertamente as barreiras morais e sociais. O filme torna-se inegavelmente mais ritmado e violento a partir do momento em que essa jovem religiosa decide regressar a casa, porque é a partir daqui que “Spring Breakers” começa a apostar com mais avinco nas insinuações sexuais e nas demonstrações de violência. É também a partir deste momento que as jovens interpretadas por Vanessa Hudgens e Ashley Benson (Candy e Britt) começam a evidenciar-se como as personagens mais lascivas e exuberantes de todo o filme, mais ainda que o traficante interpretado por James Franco, que exerce, inegavelmente, uma influência muito negativa sobre estas duas loiras explosivas, que nunca desistem da sua loucura nem hesitam em embarcar em arriscadas ações recheadas de erotismo e violência. Escusado será dizer que Hudgens e Benson têm aqui duas performances muito agradáveis, tal como o altamente carismático James Franco. A insípida Selena Gomes é que parece estar tão deslocada e afastada como a sua personagem maçadora. Tal como dá a entender, “Spring Breakers” não é um filme consensual. Esta tentativa art house de Harmony Korine não saiu furada e até entretém mas, embora seja exuberante e diferente, não é uma obra totalmente incisiva e estridente. 

 Classificação – 3,5 Estrelas em 5

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7 Comentários

  1. Muito forte pra moças como a Selena e a Vanessa Hudgens . É apelativo, e quanto ao uso de drogas e bebida alcoolica é um convite aos mesmos.
    Minha Sobrinha fã da Selena vive procurando coisas sobre o filme e quer muito assistir so porque leva o nome dela, Farei o que puder para que ela não o faça.

    Para quem gosta de um filme assim, assistam, se nao curtem, assistam mesmo assim, pelo menos para poder falar dele.

    Assisti pela Internet, mas aqui no Brasil ainda nao dublado ou legendado, mas foi bom, por que vou avisar minha irmã sobre isso.

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  2. pior filme já feito na história do cinema PUTA QUE PARIU são 50 minutos de pessoas semi-nuas em câmera lenta. no resto, duas garotas de biquini atirando em 50 traficantes sem munição. (E VADIAS GORDAS!)

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  3. Meu, esse filme é uma critica a sociedade de merda que a gente vive hoje em dia, em que não se sabem as consequências de nada

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  4. pra pessoas de cabeça fraca que não entendem a crítica do filme, sim, é um filme de merda. mas eu entendi, então pra mim foi muito bom

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  5. Eu assistir ontem no tc premium, uma bosta, o filme poderia ser até bom, mas foi para um lado tão nada haver e metiroso, sm falar no final, uma bosta também!

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