Realizado por Susanne Bier
Com Trine Dyrholm, Pierce Brosnan, Kim Bodnia
Género - Romance
Sinopse - Depois de apanhar o seu marido na cama com uma jovem colega de trabalho, Ida (Trine Dyrholm), que ainda se encontra a recuperar de um problema oncológico, decide viajar sozinha para Sorrento, em Itália, onde se irá realizar o casamento da filha. No caminho, tem um pequeno acidente de carro e conhece Philip (Pierce Brosnan), o pai do noivo, causando de imediato uma primeira má impressão. Já na casa à beira-mar onde Philip viveu em tempos com a falecida mulher, sucede-se uma série de confusões e mal entendidos, mas aquela primeira impressão depressa se desvanece, e Ida pode bem ter encontrado a oportunidade de refazer a sua vida.
Crítica – Esta ligeira comédia romântica não é, nem de perto nem de longe, uma das longas-metragens mais bem conseguidas da versátil realizadora nórdica Susanne Bier mas, apesar de estar longe da perfeição, este produto consegue afastar-se um pouco da moleza emocional e dos irritantes clichés que costumam marcar presença na grande maioria das obras do género. O seu argumento tem algumas imperfeições óbvias, mas a principal diz respeito à péssima evolução do insignificante romance secundário entre Patrick e Astrid (Sebastian Jessen e Molly Blixt Egelind), os filhos dos intervenientes centrais (Ida e Philip). Esta relação secundária pode até nem ser alvo de muita atenção por parte do enredo, mas acaba ainda assim por conter uma série de desenvolvimentos muito estranhos e confusos que nos distraem do que realmente interessa, ou seja, o romance entre Ida e Philip, que acaba por salvar esta obra graças ao seu ritmo e influência romântica. É difícil de não sentir qualquer tipo de ligação emocional com a bonita relação que nasce entre Ida e Philip, duas personagens com personalidades muito diferentes mas com um passado igualmente desafiante de um ponto de vista romântico que, apesar dos vários problemas íntimos e familiares com que têm de lidar, conseguem ajudar-se mutuamente a superar as suas grandes limitações e medos. A sua crescente cumplicidade amorosa é sempre palpável e facilmente perceptível sendo por isso muito agradável de acompanhar todos os desenvolvimentos desde o seu primeiro encontro até à simpática reunião romântica que têm no final e que termina com um certa dose de incerteza. A bela fotografia de “All You Need Is Love” também o ajuda a conquistar pontos junto do lado romântico dos espetadores, já que as belas paisagens naturais de Sorrento (Itália) são absolutamente magistrais e ajudam a impulsionar ainda mais o empolgante romance entre os dois protagonistas, que são também habilmente interpretados por Trine Dyrholm e Pierce Brosnan. Pode não ser uma maravilha, mas “All You Need Is Love” distingue-se, ainda assim, como uma longa-metragem leve e razoável que promove um contagiante ambiente romântico até final.
Classificação – 3,5 Estrelas em 5
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