Com Matt Damon, Jodie Foster, Wagner Moura
Assistir a "Elysium" é
como ver "Wall-E", "Gangs of Nem York", "Blindness"
com uns toques de "Fast & Furious" num
único filme. A concepção pós apocalíptica do mundo do futuro, onde a Terra
assume cenários dantescos de destruição e caos e os homens vivem em perfeita
barbárie, já está demasiado gasta para
seduzir o espectador. No caso deste filme, em particular, esse caos contrasta
com o paraíso de terrestre que é Elysium
algures no espaço e ao qual só os mais ricos têm acesso. Aí existe a cura para
muitas doenças o que leva aqueles que vivem na Terra a desejar a todo custo
poder lá chegar.
Um elenco de luxo não é suficiente para aguentar este filme
onde nem mesmo os estrondosos efeitos especiais impressionam, pois, de tão rápida, a câmara só confunde o espectador. O argumento falha em originalidade e em
coerência. Não se compreende, por exemplo, por que razão na Terra se fala
sobretudo castelhano, no Elysium francês e nos diálogos principais inglês. Soa
tudo a clichés demasiado gastos. Jodie
Foster dá vida a uma Delacourt completamente estereotipada e só Matt Damon,
enquanto protagonista, consegue entusiasmar-nos de algum modo. Curiosamente
entre as personagens secundárias existem algumas figuras interessantes como a
de Spider (Wagner Moura) o sonhador irreverente que teima em atirar com pessoas
para o espaço mesmo sabendo que o seu destino acabará por ser, na maioria dos
casos, a morte ou pelo menos o regresso à Terra.
As citações de problemas dos dias de hoje como o agravamento
da distância entre pobres e ricos, o desenvolvimento tecnológico, a poluição e
destruição do meio ambiente ou as migrações de refugiados e os atentados contra
os direitos humanos são uma constante na obra mas abordadas de uma forma tão
superficialmente hollywoodesca que retira toda e qualquer profundidade possível
à análise. Estreado em Agosto, "Elysium" não deixa de ser, no entanto, um
bom momento de entretenimento.
Classificação - 3 Estrelas em 5
4 Comentários
Quanto à questão de se falar castelhano na terra toda, isso não é verdade. Sabe-se que é falada em Los Angeles, no resto do mundo não se ouve ninguém a falar. E é falada em LA, porque se tirarmos os ricos dos EUA, os imigrantes mexicanos e sul americanos, iriam ocupar o espaço vago, logo, a maioria passaria a ser hispânica.
ResponderEliminarFora esse detalhe, a crítica está bem feita. Um filme bonito, mas que tem demasiadas falhas de argumento.
Achei o filme fraco, muito fraco. Cheio de falhas de produção e incoerências no enredo. A Jodie Foster, de quem sou fã há anos, brinda-nos com a pior interpretação da sua carreira. Como dizes na crítica, o filme está, além do mais, cheio de clichés pisados e repisados.
ResponderEliminarPara mim, 2 estrelas em 5.
Alex
... é um bom filme de acção , dou 4 em 5!!! - só numa sala de cinema se entende o valor visual do filme!
ResponderEliminaralexnietzsche
Realmente a história do filme é bem fraca, personagens que praticamente não cativam e cheio de clichês...mas ainda dou um certo mérito devido aos efeitos especiais, que em sua maioria são muito bem feitos.
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