Crítica - Elysium (2013)

Realizado por  Neill Blomkamp
Com Matt Damon, Jodie Foster, Wagner Moura

Assistir a "Elysium" é como ver "Wall-E", "Gangs of Nem York", "Blindness" com uns toques de "Fast & Furious" num único filme. A concepção pós apocalíptica do mundo do futuro, onde a Terra assume cenários dantescos de destruição e caos e os homens vivem em perfeita barbárie,  já está demasiado gasta para seduzir o espectador. No caso deste filme, em particular, esse caos contrasta com o paraíso de terrestre que é Elysium algures no espaço e ao qual só os mais ricos têm acesso. Aí existe a cura para muitas doenças o que leva aqueles que vivem na Terra a desejar a todo custo poder lá chegar.


Um elenco de luxo não é suficiente para aguentar este filme onde nem mesmo os estrondosos efeitos especiais impressionam, pois, de tão rápida, a câmara só confunde o espectador. O argumento falha em originalidade e em coerência. Não se compreende, por exemplo, por que razão na Terra se fala sobretudo castelhano, no Elysium francês e nos diálogos principais inglês. Soa tudo a clichés demasiado gastos.  Jodie Foster dá vida a uma Delacourt completamente estereotipada e só Matt Damon, enquanto protagonista, consegue entusiasmar-nos de algum modo. Curiosamente entre as personagens secundárias existem algumas figuras interessantes como a de Spider (Wagner Moura) o sonhador irreverente que teima em atirar com pessoas para o espaço mesmo sabendo que o seu destino acabará por ser, na maioria dos casos, a morte ou pelo menos o regresso à Terra.
As citações de problemas dos dias de hoje como o agravamento da distância entre pobres e ricos, o desenvolvimento tecnológico, a poluição e destruição do meio ambiente ou as migrações de refugiados e os atentados contra os direitos humanos são uma constante na obra mas abordadas de uma forma tão superficialmente hollywoodesca que retira toda e qualquer profundidade possível à análise. Estreado em Agosto, "Elysium" não deixa de ser, no entanto, um bom momento de entretenimento.


Classificação - 3 Estrelas em 5 

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4 Comentários

  1. Quanto à questão de se falar castelhano na terra toda, isso não é verdade. Sabe-se que é falada em Los Angeles, no resto do mundo não se ouve ninguém a falar. E é falada em LA, porque se tirarmos os ricos dos EUA, os imigrantes mexicanos e sul americanos, iriam ocupar o espaço vago, logo, a maioria passaria a ser hispânica.

    Fora esse detalhe, a crítica está bem feita. Um filme bonito, mas que tem demasiadas falhas de argumento.

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  2. Achei o filme fraco, muito fraco. Cheio de falhas de produção e incoerências no enredo. A Jodie Foster, de quem sou fã há anos, brinda-nos com a pior interpretação da sua carreira. Como dizes na crítica, o filme está, além do mais, cheio de clichés pisados e repisados.

    Para mim, 2 estrelas em 5.

    Alex

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  3. ... é um bom filme de acção , dou 4 em 5!!! - só numa sala de cinema se entende o valor visual do filme!

    alexnietzsche

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  4. Realmente a história do filme é bem fraca, personagens que praticamente não cativam e cheio de clichês...mas ainda dou um certo mérito devido aos efeitos especiais, que em sua maioria são muito bem feitos.

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