Crítica - The Heat (2013)

Realizado por Paul Feig 
Com Sandra Bullock, Melissa McCarthy, Demián Bichir

O êxito de “Bridesmaids” (2011) ainda continua bem fresco na nossa memória e na carreira do realizador Paul Feig que, dois anos após o lançamento dessa hilariante produção, decidiu regressar ao grande ecrã com este “The Heat”, um projeto que se enquadra no género das comédias policiais e que é significativamente mais fraco que o seu trabalho anterior, mas tal como “Bridesmaids”, "The Heat" conta com um elenco feminino central bastante forte, que confere uma piada especial a uma história que já vimos ser contada e recontada várias vezes em comédias semelhantes, como os recentes “21 Jump Street”(2012) e “The Other Guys” (2010), ou os velhinhos “Police Academy”(1984) e “Rush Hour”(1998). À semelhança do que acontece no clássico “Lethal Weapon”(1987), “The Heat” é protagonizado por dois agentes da autoridade com personalidades antagónicas que detestam trabalhar em grupo, mas ao contrário do ainda bem conservado filme de Richard Donner, esta obra de Paul Feig não é protagonizada por dois homens fortes, mas sim por duas mulheres determinadas: Sarah Ashburn (Sandra Bullock), uma agente federal com uma excelente reputação mas muita arrogância; e Shannon Mullins (Melissa McCarty), uma detetive pouco convencional e muito temperamental, que, tal como Riggs e Murtaugh (Mel Gibson e Danny Glover), terão de superar as suas diferenças e trabalhar em conjunto, apesar das suas personalidades serem incompatíveis, para capturarem um poderoso barão da droga, que lhes irá fazer a vida negra.


É facilmente percetível que o guião de “The Heat” limita-se a repetir praticamente todos os passos da fórmula repetitiva, e já algo gasta, das comédias polícias, onde dois agentes da autoridade, que não se suportam, acabam por se tornar bons amigos no final do filme, após terem travado os planos de um barão do narcotráfico, de um político corrupto, de um empresário sem escrúpulos ou de um homicida sem piedade. O guião desta obra é, por isso, francamente banal, mas ganha um toque de diferenciação e diversão graças a várias sequências cómicas, que quebram a previsibilidade e a monotonia generalizada do enredo. Estes pequenos momentos de humor são, na sua maioria, muito engraçados, e acabam por se manter (quase sempre) afastados do humor sexual e ridículo que costuma proliferar em filmes deste género, mas não é só por não serem banais e por estarem bem montadas que estas sequências têm piada, já que todos os grandes momentos de humor do filme têm, sem exceção, a participação de Sandra Bullock e Melissa McCarthy, que assinam aqui uma parceria de luxo bem equilibrada, que contribui significativamente para o sucesso humorístico deste projeto, que se não fosse pelas cómicas performances de Bullock e McCarthy, não teria nem metade da piada, e seria apenas mais um filme mediano com uma fórmula narrativa muito banal. 

 Classificação – 2,5 Estrelas em 5

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1 Comentários

  1. Eu gostei bastante de "Armadas e Perigosas" (4*) e prefiro este ao "Bridesmaids" que apenas achei bom (3*)...

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