Crítica - Machete Kills (2013)

Realizado por Robert Rodriguez

Com Danny Trejo, Sofia Vergara, Michelle Rodriguez, Mel Gibson

Idêntico em quase tudo a “Machete”, “Machete Kills” sobressai, tal como o seu antecessor, como um razoável produto de entretimento grindhouse, por isso convém ajustar as suas expetativas para que estas se enquadrem na peculiaridade cómica e violenta deste filme, que à semelhança dos seus familiares cinematográficos mais próximos, como “Hobo With a Shotgun”, “Death Proof” ou “Planet Terror”, não aposta numa história propriamente dita coesa ou interessante, sendo a sua peculiaridade adquirida por intermédio de várias sequências exageradas mas bem preenchidas, que juntam ação, humor e violência no mesmo espaço. 

   

É por isso que o argumento de “Machete Kills” é apenas um mero aspeto secundário, porque ninguém que ver um filme deste género para ser surpreendido com a sua profundidade narrativa, mas sim porque espera encontrar um hino à ação, ao excesso e à loucura, que tenha pelo meio algumas situações engraçadas, como acontece neste projeto, onde por entre as explosões e a violência grafica existem várias sequências cómicas e pormenores divertidos, como o explosivo trailer falso que abre e conclui o filme; a peculiar parafernália balística da personagem de Sofia Vergara; as erráticas atitudes da personagem bipolar de Demian Bichir; os pequenos sketchs violentos do vilão apelidado de camaleão; e as já tradicionais atitudes bad-ass do corajoso anti-herói Machete, que após ter conquistado sexualmente as personagens de Lindsay Lohan e Michelle Rodriguez em “Machete”, volta a repetir a dose nesta segunda entrega com a personagem de Amber Heard, que cumpre na perfeição o seu papel de femme fatal bombástica, tal como a igualmente bombástica Sofia Vergara e a já veterana Michelle Rodriguez, que se destacam como um agradável complemento feminino para o filme e para o próprio Danny Trejo, que volta a estar sublime na pele de Machete. É basicamente a isto que se resume “Machete Kills”, que é mais um projeto louco e moderadamente divertido de Robert Rodriguez, que se destaca cada vez mais como um dos realizadores mais extravagantes e singulares de Hollywood, tal como Quentin Tarantino e Eli Roth, tendo ainda a curiosa particularidade da sua carreira apresentar uma curiosa alternância entre projetos violentos, como “Machete”, e projetos infantis, como “Spy Kids”.

Classificação - 3 Estrelas em 5