As vitórias de Matthew McConaughey e Jared Leto nas categorias de Melhor Ator e Melhor Ator Secundário, respetivamente, nos Globos de Ouro deram um novo ímpeto à estreia nacional de "O Clube de Dallas"/ "Dallas Buyers Club" que agora, quem sabe, pode ter visto aumentar um pouco as suas hipóteses de brilhar nos Prémios da Academia, porque afinal de contas já foi um dos grandes vencedores dos Globos de Ouro, e também conquistou, por intermédio de Leto e McConaughey, várias vitórias importantes nos prémios das associações de críticos norte-americanos.
É claro que, para já, é um pouco irrelevante falar do que "O Clube de Dallas" poderá ou não conquistar nos Óscares, mas o que importa é realmente reforçar a ideia que este drama de Jean-Marc Vallée está a ser muito elogiado e premiado nos Estados Unidos, mas também já tem recebido muitos aplausos por parte da imprensa não americana que, para além de elogiar as magníficas performances de Leto e McConaughey, também elogia a força dramática deste projeto, cuja trama é baseada numa comovente história verídica que se passou durante os primeiros anos da epidemia do Vírus da SIDA/ HIV, que entre os Anos 70 e 80 deixou o mundo envolto em preocupação e praticamente sem capacidade médica para lidar com as graves consequências deste vírus.
Portanto, "O Clube de Dallas" não parece ser apenas um filme com boas performances dos seus principais astros masculinos, já que todos os elogios que têm recebido devem ter algum fundamento concreto que, segundo o que pode ser lido por essa internet fora, parece dizer respeito à força dramática e emotiva do seu argumento, que tem a seguinte sinopse oficial: Ron Woodroof (Matthew McConaughey) é um cowboy do Texas cuja vida sofre uma reviravolta quando em 1985 é-lhe diagnosticado o vírus da SIDA e dado 30 dias de vida. Vivem-se os primeiros momentos desta epidemia e os EUA estão divididos sobre como combater o vírus. Ostracizado por muitos dos seus antigos amigos e sem acesso a medicamentos eficazes comparticipados pelo governo, Ron decide tomar conta do assunto e procurar tratamentos alternativos em qualquer parte do mundo por meios legais ou ilegais. Ignorando as regras estabelecidas, o empreendedor Woodroof une forças com um improvável grupo de renegados e marginalizados - que ele próprio teria evitado no passado - e estabelece um "clube de compradores" de enorme sucesso.
A luta pela dignidade e por aceitação do protagonista de "O Clube de Dallas" tem ainda mais poder quando descobrimos que é inspirada em fatos verídicos, por isso podemos assistir ao filme e saber que o que está a ser retratado aconteceu realmente a uma pessoa verdadeira há alguns anos atrás, algo que, como é óbvio, acrescenta ainda mais poder a esta longa-metragem que, desde cedo, sempre me pareceu ter o potencial para ser um dos grandes filmes de 2013. "O Clube de Dallas" estreia a 16 de Janeiro em Portugal.
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