Crítica - Magic Mike XXL (2015)

Realizado por Gregory Jacobs
Com Channing Tatum, Elizabeth Banks, Joe Manganiello, Matt Bomer

Embora o expressivo Steven Soderbergh tenha feito parte da equipa técnica de “Magic Mike XXL” nota-se que a sua participação nesta sequela do aplaudido “Magic Mike” (2012) foi um pouco mais indireta, daí ser evidente a ausência de uma visão mais expressiva e explosiva de uma direção técnica que não conseguiu elevar ao máximo possível um argumento com potencial mas que apresenta muito menos estilo do que se esperava. No fundo, "Magic Mike XXL" é um produto mais sexual e até mais divertido que o seu popular antecessor, mas para mim é categoricamente e qualitativamente inferior a essa produção, pelo menos de um ponto de vista cinematográfico e imaginativo, mas verdade seja dita que dentro desta sequela ainda reside um certo ar de modernidade e curiosidade que impedem que a sua base profundamente sensual e sexual domine as conclusões imediatas que o público pode retirar desta obra e que denotam, mesmo de uma forma mais indireta, a mão criativa e cuidada de Soderbergh. O ex-stripper e atual super ator Channing Tatum volta a assumir com vigor e a experiência necessária as despesas de protagonista desta sequela, onde volta a interpretar o icónico stripper Magic Mike que, três anos após ter abandonado a vida de stripper quando ainda estava no topo, decide voltar a dançar com os restantes elementos dos Kings of Tampa para assim deitar a casa abaixo com uma última e bombástica atuação em Myrtle Beach. Na estrada a caminho do seu último espetáculo, Mike e os Kings of Tampa aprendem novos passos e ultrapassam-se de uma forma surpreendente para assim chegarem à conclusão que a reforma desta profissão é mesmo o melhor passo a tomar para as suas vidas. 


Em vez de seguir os passos mais dramáticos e de certa forma existências que aparecem para retratar a jornada individual do protagonista Magic Mike no primeiro filme, "Magic Mike XXL" apresenta-se ao público mais como um road movie com uma maior expressividade comercial do que propriamente como uma comédia indie que se foca quase em exclusivo numa única personagem e nos seus dramas pessoais. É certo que "Magic Mike XXL" entra por caminhos mais sexuais e cómicos que o primeiro filme, mas em conjunto com a exploração sexual que faz dos protagonistas e das suas aventuras aproveita também para pegar nos laços de camaradagem masculina que vão sendo aprimorados ao longo do filme para assim criar uma intriga que recorre também à introspeção dramática e familiar para abordar um pouco mais o lado humano e emocional dos protagonistas. É claro que na sua génese mais pura, "Magic Mike XXL" joga muito mais com o sexo e com a sensualidade para entreter o público e desenvolver também a sua intriga, mas a espaços há também um toque curioso de dramatismo e humanidade que reforçam o lado mais especial e específico de quase todos os protagonistas masculinos, com a nobre exceção da sua personagem central, Magic Mike, que nesta sequela acaba por ser alvo de um retrato menos imersivo do que aquele que nos foi apresentado no primeiro filme.
Esta sequela apresenta muita diversão predominantemente masculina mas com muita ajuda do sexo feminino, sendo esta união de sexos que reforça a visão mais sexual e sedutora desta produção que, tal como o primeiro filme, aposta em danças sexuais com teor erótico, sequências com experiências sexuais e, claro, muitas festas regadas por loucura, adrenalina e hormonas que acabam por justificar a classificação XXL presente no título, já que esta sequela é claramente mais marota que o primeiro filme, mas com isso perde também um pouco da sua seriedade, apesar de manter a espaços, como já referi, uma aposta curiosa na introspeção humana.

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2 Comentários

  1. "Magic Mike XXL" é um bom filme e entretém, mas não mais do que isso. - 3*
    Pode ler a análise integral em http://osfilmesdefredericodaniel.blogspot.pt/2015/07/magic-mike-xxl.html
    Cumprimentos, Frederico Daniel.
    Nota, no outro dia comentaram no meu blog que não deveria meter o link do meu blog nos comentários que faço em outros blogs pois não fica bem.
    Nunca me tinha passado pela cabeça isso, mas poderei adiante deixar de comentar com o link caso prefira.

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  2. Mike (intepretado por Channing Tatum) lleva tres años fuera de los escenarios, lo que queda de "Los Reyes de Tampa" quieren despedirse de los escenarios por todo lo alto luego de que Dallas abandora al grupo junto a "The Kid". Magic Mike XXL, una última aventura, amistades del pasado y nuevas disparatadas aventuras durante su viaje a su último gran show.

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