Crítica - Get Out (2017)

Realizado por Jordan Peele
Com Bradley Whitford, Allison Williams, Betty Gabriel

Quando um jovem afro-americano visita os país da sua namorada caucasiana descobre que, afinal, os motivos da sua visita não são aqueles que inicialmente pensava. É esta a premissa de "Get Out", uma das surpresas positivas de 2017 e um dos filmes de terror mais extravagantes do ano. 
Realizado pelo ator e humorista Jordan Peele, "Get Out" é uma experiência cinematográfica bastante interessante. Para começar, "Get Out" combina terror, suspense e humor numa trama repleta de detalhes sublimes. A sua história é, aliás, muito bem trabalhada, mas é a harmonização entre o terror e o humor que mais contribuiu para o seu sucesso e que o torna num produto de entretenimento relativamente original.
Embora não seja um filme pródigo em típicos elementos de terror, "Get Out" apresenta-se como um competente projeto do género graças à forma como provoca e instiga o espectador. E fá-lo por intermédio de uma trama intrigante, é certo, mas também pela  integração de elementos inesperados que vão muito além dos típicos twists do género. É neste ponto que se destaca o humor negro  ou as inesperadas referências raciais que, de certa forma, caracterizam este projeto.
Embora seja um filme acima da média, "Get Out" também tem as suas falhas. A sua conclusão, apesar de ser uma enxurrada de adrenalina, consegue ser um pouco anti-climática. Esperava-se um final mais explosivo e surpreendente, mas o que é certo é que a conclusão não acompanhou o tom original e peculiar do resto do filme. É pena, mas pelo menos os momentos até esta conclusão mais soft fornecem um entretenimento de luxo ao espectador, mesmo aqueles que não apreciam filmes de terror. E tal sucede porque, repetindo mais uma vez, "Get Out" não é um projeto de terror convencional, e acaba assim por conseguir surpreender graças aos seus elementos diferenciadores.

Classificação - 4 Estrelas em 5

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2 Comentários

  1. Foge: 5*

    Uma história fantástica, um argumento genial e um twist chocante.

    Cumprimentos, Frederico Daniel.

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