Crítica - Proud Mary (2018)

Realizado por Babak Najafi

Com Taraji P. Henson, Billy Aaron Brown, Jahi Di’Allo Winston

Chegou recentemente à Netflix o filme de ação indie "Proud Mary" que, em Março de 2018, passou pelas salas de cinema portuguesas sem grande sucesso, como aliás sucedeu um pouco por todo o mundo. Para além de ignorado pelo público foi também recebido com opiniões negativas por parte da imprensa. Esta combinação de fatores atirou-o para a escuridão mediática, mas poderá agora ter nova vida no streaming que é, em abono da verdade, o palco ideal para um filme com estas características. 

Em "Proud Mary", Taraji P. Hanson é Mary, uma assassina profissional que trabalha para o crime organizado em Boston. Após matar um traficante de droga fica a saber que a vítima deixou um filho orfão. Um ano depois acaba mesmo por salvar o rapaz das ruas e vê a sua vida mudar para sempre...

E destacamos Hanson porque, de facto, esta já experiente atriz é a força motriz por detrás desta obra. A sua performance aguerrida contrasta com um argumento incerto que sofre com a bipolaridade temática deste projeto. Embora comece com fulgor e num registo de ação retro e violência, "Proud Mary" rapidamente se transforma numa espécie de drama familiar que vai adormecendo o espectador com uma evolução vagarosa e em última análise previsível e inconsequente. Seria perfeitamente possível conciliar os dois estilos de uma forma mais dinâmica, mas tal não foi conseguido aqui e o resultado final é mesmo uma obra que prometia algo de especial e de diferente, mas que acaba por desiludir em quase toda a linha. 

Classificação - 2 Estrelas em 5