Festival de Cannes 2019 - Vencedores e Análise


Terminou a Edição de 2019 do Festival de Cannes, um dos maiores festivais de cinema do mundo. O sul-coreano "Parasite", de Bong Joon-ho, venceu a Palma de Ouro, o principal prémio do festival por decisão unânime do júri presidido pelo realizador Alejandro González Iñárritu. Foi um grande festival com alguma polémica mas, acima de tudo, grandes filmes. Uma das estrelas do festival, para além de "Parasite", foi também o thriller brasileiro "Bacurau", o novo projeto de de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles que conquistou o Prémio do Júri, prémio esse que dividu com outro dos destaques do certame: "Les Misérables", de Ladj Ly. 
Quem também brilhou em Cannes e regressou, assim, à mó de cima da alta roda cinematográfica foi o cineasta espanhol Predo Almodóvar que, após algumas polémicas e projetos menos conseguidos, parece ter regressado à sua velha forma com "For e Glória". Em Canne, Antonio Banderas foi considerado o Melhor Ator pela sua performance nesta obra que é descrita como uma espécie de autobiografia de ficção de Almodóvar. Emily Beecham venceu o prémio de Melhor Atriz por "Little Joe". 
Os icónicos Irmãos Dardenne saíram de Cannes com mais um prémio para o seu vasto palmarés. Desta vez levaram para a Bélgica o Prémio de Melhor Realização pelo seu trabalho no filme "Young Ahmed. Outro vulto do Cinema Europeu,  Elia Suleiman, saiu de Cannes com uma Menção Especial atribuída pelo Júri ao seu filme "It Must Be Heaven", outro dos destaques positivos do festival. Quentin Tarantino saiu de Cannes sem prémios, mas o seu mais recente filme, "Once Upon a Time in Hollywood", foi uma das estrelas do festival e deixou boas indicações para a sua exibição mundial!
Este ano a tradicional polémica de Cannes coube a Abdellatif Kechiche e ao seu mais recente filme "Mektoub My Love: Intermezzo", a sequela de "Mektoub My Love: Canto Uno". O primeiro filme já tinha recebido más críticas, mas a continuação fez pior, tendo recebido vaias do público. É tão mau que já é considerado um dos piores filmes do ano. Mas não foi apenas a sua sofrível qualidade que causou polémica, já que a grande controvérsia teve origem na sua aposta excessiva em sexo explicito. Os espectadores ficaram particularmente chocados com a presença de uma cena com mais de vinte minutos focada penas em sexo oral. O realizador do aclamado mas também controverso "Blue is The Warmest Color" saiu assim de Cannes com o pior registo do festival e, quem sabe, do ano.


Palma de Ouro
Parasite, de Bong Joon-ho

Grande Prémio
Atlantique, de Mati Diop

Prémio do Júri
Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles
Les Misérables, de Ladj Ly

Melhor Realização 
Young Ahmed, Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne

Melhor Atriz
Emily Beecham, por Little Joe

Melhor Ator
Antonio Banderas, por Dor e Glória

Melhor Argumento
 Portrait of a Lady on Fire, Céline Sciamma

Menção Especial
Elia Suleiman, por It Must be Heaven 

Camera D'Or (Melhor filme de Estreia)
Nuestras Madres, de César Díaz

Melhor curta-metragem
The Distance Between Us and the Sky, de Vasilis Kekatos

Menção Especial 
Monstruo Dios, de Agustina San Martín.

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