MOTELx 2019 - Apresentação


O MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa já apresentou os primeiros destaques de programação da sua 13.ª edição, e são muitas as propostas para deixar a triscaidecafobia em casa. À cabeça do cartaz já anunciado está “Midsommar”, de Ari Aster. Esta será a primeira oportunidade de ver em Portugal a segunda longa-metragem do realizador de “Hereditário”, um dos filmes mais falados de 2018. Marcando a mais bem-sucedida estreia independente deste ano nos EUA, “Midsommar” tem sido descrito como um novo clássico do terror pagão e mesmo como “o melhor filme de terror alguma vez filmado à luz ofuscante do sol” (Peter Travers, Rolling Stone). Aster estará no MOTELX para apresentar o seu novo filme e uma sessão especial de “Hereditário”.
Outras novidades incluem o regresso das irmãs Soska, também conhecidas como ‘Twisted Twins’, com o remake do clássico “Rabid” (Cronenberg); o apocalíptico norueguês “The Quake” (John Andreas Andersen); “The Lodge”, dos realizadores do aclamado “Goodnight Mommy” (Veronica Franz e Severin Fiala); e o primeiro filme de terror de Fatih Akin, “The Golden Glove”, história serial killer cuja violência atordoou o último Festival de Berlim.
Ainda na selecção de longas-metragens, destaque para a estreia mundial de um filme de terror português: “Faz-me Companhia”, de Gonçalo Almeida, vencedor do Prémio MOTELX para Melhor Curta de Terror Portuguesa em 2017 com “Thursday Night”. “A Sombra do Pai”, da brasileira Gabriela Amaral Almeida, é a outra nova longa de terror em Português. Nova porque a secção Quarto Perdido traz dois slashers à portuguesa: “O Construtor de Anjos” (1978, Luís Noronha da Costa) e “Rasganço” (2001, Raquel Freire).
Porque à 13.ª edição o MOTELX coincide pela primeira vez com uma Sexta-feira 13, o dia não poderia deixar de contar com uma sessão especial de “Friday the 13th”, filme de culto de 1980 que gerou um dos grandes franchises de Hollywood e nos apresentou pela primeira vez o icónico Jason Vorhees. E que dizer dos 40 anos de “Alien”? Ocasião para ver o novo documentário “Memory: The Origins of Alien” (Alexandre O. Philippe) e rever a obra-prima de terror cósmico de Ridley Scott numa reposição com cópia 4K restaurada.
Em 2019, as curtas-metragens portuguesas continuam a ocupar um lugar de destaque na programação do MOTELX. O Prémio MOTELX - Melhor Curta de Terror Portuguesa continua a incentivar a produção nacional de cinema de género e este ano são dez os filmes a disputar o maior prémio atribuído a curtas-metragens em Portugal, no valor de 5000 €. O vencedor deste Prémio fica nomeado para o Méliès d’Or, galardão atribuído anualmente pela Federação Europeia de Festivais de Cinema Fantástico Nesta edição há também sessão de curtas portuguesas de terror com curadoria e apresentação de João Pedro Rodrigues, parte da “Carta Branca aos Realizadores Portugueses” promovida pela Agência da Curta-Metragem por ocasião do seu vigésimo aniversário.
Para os mais novos, a secção Lobo Mau propõe uma programação infanto-juvenil diversificada, que vai desde os obrigatórios filmes de animação (“O Pequeno Vampiro”, “Um Susto de Família” e muitos Sustos Curtos) até a workshops de criação de filmes, monstrinhos, bonecos de luz e guloseimas temáticas, sem esquecer o popular peddy paper pelo Cinema São Jorge.
A programação deste 13.° MOTELX não ficaria completa sem os vários eventos paralelos que animam o Festival. Para lá do célebre MOTELquiz, este ano conta com o lançamento de dois livros inéditos em Portugal: “Profondo Nero”, volume da série de banda-desenhada Dylan Dog escrito por Dario Argento (editora Gfloy), e “As Histórias do Rei Amarelo”, livro proibido de Robert W. Chambers que inspirou H.P. Lovecraft e os argumentistas da série “True Detective” (editora Imaginauta). Quem quiser aprender a fazer adereços comestíveis poderá fazê-lo num workshoporientado pela rub-a-duckie. E para os fãs de efeitos especiais há uma masterclasspelo estúdio Nu Boyana Portugal, que participou na pós-produção do blockbuster“Hellboy” (2019).
O MOTElx começara, no entanto, à meia-noite e com uma descida aos infernos da colecção do Museu Nacional de Arte Antiga que tudo começa na 13.ª edição do MOTELX. Antes de tomar de assalto o Cinema São Jorge entre 10 e 15 de Setembro, o Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa arranca em modo Warm-Up a 5 de Setembro com uma visita nocturna inédita às obras mais desconcertantes do MNAA.  31 desconhecidos encontram-se à meia-noite na penumbra de um vasto museu para explorar arte macabra. Podia ser o princípio de um filme de terror mas é mesmo o início da 13.ª edição do MOTELX, que em parceria com o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) oferece a 31 participantes uma experiência únicana noite de 5 para 6 de Setembro.
Que demónios assombram as Tentações de Santo Antão de Bosch ou o Inferno que um mestre português desconhecido pintou no século XVI? Que forças regem Salomé com a Cabeça de São João Batista de Cranach? “Pesadelo no Museu” irá percorrer algumas das obras mais impactantes da coleção do MNAA à luz da sua relação com o imaginário do terror e do fantástico. Os interessados deverão inscrever-se através do email inscricoes@motelx.org a partir das 9h00 desta Sexta-feira, 2 de Agosto. A entrada é gratuita mas restrita a maiores de 18 e só para os primeiros 31 a responder (uma inscrição por email).
E se a noite é dos adultos, a parceria MOTELX/MNAA garante também um dia em cheio para os miúdos com “Criaturas à espreita”, uma visita-jogo ao Museu para 13 crianças com idades entre os 6 e os 12 anos (15 de Setembro, 11h30). Parte da programação Lobo Mau, esta é uma das actividades que integram a grande festa para os mais pequenos que o MOTELX está a preparar para a última manhã do Festival. A diversão estende-se ao Cinema São Jorge com o ateliê de figuras de luz “Maria Brinca à Sombra” e um peddy paper (sessões às 10h30 e 12h, 15 de Setembro). As marcações devem ser feitas também através do email inscricoes@motelx.org.
Depois de a 16 de Julho terem sido reveladas as curtas em competição para o Prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa 2019, destaque agora para a secção que apresenta as melhores curtas internacionais de terror de 2018 e 2019. São 24 propostas de países como Tailândia, Itália, Espanha, EUA, França, Reino Unido, Canadá ou Nova Zelândia, para ver antes das longas-metragens ou nas famosas “Curtas ao Almoço”.
Entre as curtas mais antecipadas estão “The Haunted Swordsman”, épico de animação com fantoches samurai do veterano dos efeitos especiais Kevin McTurk (VFX “Parque Jurássico”, “Hellboy”, “Stranger Things”), e “Aquarium”, thriller de Lorenzo Puntoni sobre um massacre numa piscina pública que já foi visto em mais de 40 festivais. A causar sensação no circuito internacional tem estado também T.J. Yoshizaki com “Hot Dog”, história experimental sobre uma mulher-polícia de Los Angeles que tem um confronto fatal com um vendedor de cachorros-quentes.
A secção apresenta ainda fora de competição três curtas de realizadores portugueses, servindo artistas psicopatas em “Dessert” (Martim David Gomes), rituais de passagem em “Nojo” (Pedro Mira) e vampiros haitianos em “Look No Further” (André Marques). Outros destaques incluem “The Desecrated”, do criador da série “Ghost Whisperer” (John Gray); “The Procedure 2”, sequela da curta sensação do MOTELX 2016; o surrealismo sci-fi de “Your Last Day on Earth” (Marc Martínez Jordan); e as comédias negras “O.I.” (N’cee van Heerden) e “Possessions” (Zeke Farrow), falso documentário sobre um homem que decide vender todos os seus pertences, incluindo um pedaço do muro de Berlim que está amaldiçoado. Os horários das sessões serão anunciados na segunda quinzena de Agosto, juntamente com a programação completa do Festival. De recordar que entre as novidades já anunciadas para esta edição está a presença do realizador de “Hereditário” e “Midsommar”, Ari Aster, e sessões especiais para comemorar os 40 anos de “Alien” e a primeira Sexta-feira 13 em 13 anos de MOTELX. O Warm-Up do Festival decorre entre os dias 5 e 7 de Setembro.

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1 Comentários

  1. Finale: 1*

    Foi uma das desilusões do 13º MOTELX, mas o desempenho das atrizes principais até nem foi mau.

    Cumprimentos, Frederico Daniel.

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