Anunciada a Programação do IndieLisboa 2020

Anunciada a Programação do IndieLisboa 2020

Já foi anunciada a programação do IndieLisboa 2020 que, após ter visto as suas datas originais serem adiadas devido aoCovid-19, foi reagendado para os dias 25 de Agosto a 5 de Setembro. Trata-se de uma programação transversal que cruza fronteiras, aproxima culturas e dá voz a movimentos que vêm marcando a história. A começar pela retrospectiva da obra do realizador senegalês Ousmane Sembène e pela retrospectiva que celebra os 50 anos do Fórum da Berlinale, composta por filmes exibidos na sua primeira edição em 1971. Na secção Silvestre, o foco estará na realizadora franco-senegalesa Mati Diop, que competiu com a sua primeira longa metragem Atlantique no Festival de Cannes. Já nas competições principais será exibida uma selecção especial de produções recentes. No IndieJúnior, a programação para toda a família está garantida com mais 30 filmes, além das outras secções do festival para diferentes apreciadores do cinema, que gostam de música, ligados às urgências políticas e sociais e à história, e aos que procuram também festejar.
Destaque especial para a competição internacional, uma das mais aguardadas do festival, este ano composta por 12 longas e 31 curtas metragens. De entre as longas é justo destacar dois títulos: o senegalês Baamum Nafi / Nafi’s father, de Mamadou Dia; e Eyimofe / This Is My Desire, de Arie Esiri e Chuko Esiri, da Nigéria, que confirmam um ano de forte presença africana no festival. Além disto, destacam-se também dois cineastas espanhóis, como o Luis López Carrasco (El Anõ del Descubrimiento / The Year of the Discovery) , que nos fala da EXPO’92 e da outra Espanha que não era visível nesta exposição, para além do Lois Patiño (Lúa Vermella / Red Moon Tide) que nos fala dos mitos da Galiza e o regresso também da argentina Jazmin Lopez (Si yo fuera el invierno mismo / If I Were the Winter Itself) num filme com direcção de fotografia do português Rui Poças.
Na competição de curtas, destaca-se o francês Tendre, de Isabel Pagliai, e um conjunto de jovens autores dos quais Adinah Dancyger (Moving), o Déjeuner sur l’herbe, de Jocelyn Charles, Jules Bourges, Nathan Harbonn Viaud e Pierre Rougemont, ou Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda, que estreou no último festival de Tiradentes já em 2020 e constitui mais uma das fortes apostas deste festival. Já a secção Silvestre encontra na singularidade a sua norma. Mostramos, sob a asa Silvestre, obras que rejeitem fórmulas consagradas, que despertem novas linguagens e cuja rebeldia espelhe o espírito do festival. Para além das 22 curtas metragens seleccionadas, as 17 longas este ano trazem os últimos trabalhos de autores reconhecidos, como Bruno Dumont, Sergei Loznitsa, Radu Jude, Tsai Ming-Liang junto de novas vozes como Monia Chokri, Camilo Restrepo, ou o colectivo The Living and the Dead Ensemble, entre outros.
A programação completa para o IndieLisboa 2020 estará disponível, a partir do final de Julho, no site e aplicacão oficiais do festival, onde poderão ser ainda descobertos os filmes portugueses que integram a Competição Nacional, a secção Novíssimos e as Sessões Especiais, além da programação completa das actividades paralelas: as oficinas e actividades do IndieJúnior, as novidades do IndiebyNight, o programa de eventos para a indústria – as LisbonTalks, assim como os vários momentos de encontro entre o cinema e outras áreas artísticas. Recorda-se que a 17.ª edição do IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema decorre entre os dias 25 de Agosto a 5 de Setembro no Cinema São Jorge, Culturgest, Cinema Ideal e na Cinemateca Portuguesa (estando as sessões na Cinemateca Portuguesa sujeitas a alterações, dado o funcionamento da própria instituição, habitualmente fechada ao público em Agosto).

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