Na sua 8.ª edição, Olhares do Mediterrâneo - Women's Film Festival volta ao Cinema São Jorge, de 10 a 14 de Novembro, para mostrar a vitalidade e o talento das cineastas do Mediterrâneo. Mantendo-se fiel à sua missão de promover e exibir filmes em cujas equipas artísticas se destacam mulheres oriundas do Mediterrâneo, ou que trabalhem em países mediterrânicos, na edição de 2021, Olhares do Mediterrâneo - Women's Film Festival apresenta 45 obras cinematográficas de 19 países (incluindo Portugal), a maioria das quais em estreia nacional.
Em 2021, no Olhares do Mediterrâneo - Women's Film Festival, as mulheres estão em primeiro plano, não só como criadoras, mas também como protagonistas de uma variedade de filmes -- longas e curtas metragens, documentários, ficções e animações -- que narram histórias de resiliência, desafios, reivindicações, emoções.
Como é sua tradição, também este ano Olhares do Mediterrâneo - Women's Film Festival apresenta quatro secções competitivas -- Competição Geral Longas, Competição Geral Curtas, Competição Travessias, Competição Começar a Olhar -- e uma série de actividades paralelas que incluem mesas redondas, masterclasses, workshops para adultos e crianças, sessões para famílias e escolas.
O Olhares do Mediterrâneo - Women’s Film Festival arranca a sua 8.ª edição, a 10 de Novembro, no Cinema São Jorge, com duas ideias em mente: criar laços e quebrar fronteiras. Por isso, a sessão de abertura do Olhares do Mediterrâneo - Women's Film Festival será também a sessão de encerramento da Festa do Cinema Italiano, numa simbólica passagem de testemunho para celebrar o cinema e a creatividade do Mediterrâneo. Os dois festivais juntam-se por uma noite de festa, para apresentar, em estreia nacional, o filme As Irmãs Macaluso (Le Sorelle Macaluso), terceira longa-metragem da aclamada dramaturga e realizadora Emma Dante, que conta a história de cinco irmãs e de como o tempo atravessa as suas relações e a forma como vivem. Esta produção italiana, que esteve em concurso no Festival de Veneza 2020, conta a história de Maria, Pinuccia, Lia, Katia e Antonella. A infância, a idade adulta e a velhice de cinco irmãs nascidas e criadas num apartamento no último andar de um prédio nos arredores de Palermo. Uma casa que carrega os sinais do passar do tempo dos que cresceram e dos que ainda vivem. A história de cinco mulheres, de uma família, das que vão embora, das que ficam e das que resistem. Emma Dante, uma das mais importantes dramaturgas da sua geração, traz para a tela uma das suas obras teatrais mais aclamadas.
Na sessão de encerramento, a 14 de Novembro, é apresentado Holy Boom, da grega Maria Lafi. Este drama sombrio, co-produzido por Grécia, Albânia e Chipre, expõe a invisibilidade dos imigrantes, os que são obrigados a viver à margem da legalidade e os que são simplesmente transparentes por não terem raízes no país em que se encontram. Num bairro popular de Atenas, as vidas de quatro desconhecidos são arruinadas quando um grupo de adolescentes faz explodir um marco de correio, destruindo alguns documentos de importância vital: uma certidão de nascimento, a carta de um filho perdido, um lote de autocolantes embebidos em LSD… Na eterna luta pela sobrevivência, as histórias de Ice, Thalia, Adia, Manou e Lena convergem, num final que não é feliz, mas deixa ainda espaço à esperança.
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