Os Cinco Possíveis Candidatos de Portugal aos Óscares em 2023

A Academia Portuguesa de Cinema divulgou os cinco filmes nomeados para a votação do candidato de Portugal à categoria de Melhor Filme Internacional na 95ª edição dos Óscares. Entre as longas-metragens elegíveis, o comité de pré-seleção, composto pelos membros da Academia Portuguesa de Cinema, Alexandra Ramires (realizadora de Animação), Ivo Canelas (ator), Jorge Paixão da Costa (realizador), Luís Branquinho (director de fotografia), Margarida Marinho (actriz), Paulo Furtado (compositor), Tathiani Sacilotto (produtora), selecionou:

•                    Alma Viva, de Cristèle Alves Meira (Midas Filmes);


•                    Lobo e Cão, de Cláudia Varejão (Terratreme Filmes);


•                    Mal Viver, de João Canijo (Midas Filmes);


•                    Restos do Vento, de Tiago Guedes (Leopardo Filmes);


·                Salgueiro Maia – O Implicado, de Sérgio Graciano (Sky Dreams)


O processo de seleção passará agora por um período de votação entre os membros da Academia Portuguesa de Cinema, que decorre de 1 a 18 de setembro, até à revelação do filme selecionado, que será anunciado a 19 de setembro. A 95ª edição dos Óscares acontece no dia 12 de março de 2023, em Hollywood, Los Angeles, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos da América. Sobre os filmes candidatos:


“Alma Viva”

Com produção da Midas Filmes e em coprodução com França e Bélgica, “Alma Viva” teve a sua estreia mundial na na Competição da Semana da Crítica do Festival de Cannes em 2022. Na sua primeira longa-metragem, Cristèle Alves Meira filmou no norte de Portugal, na região de Vimioso, de onde a sua família é originária, a história de Salomé, uma menina filha de emigrantes portugueses em França que vem todos os anos passar as férias de verão com a sua avó, com quem tem uma forte ligação afectiva e espiritual. O filme retrata a emigração portuguesa, as famílias que se separam e as complexas diferenças económicas e sociais que daí advêm.


“Lobo e Cão” 

Rodado na Ilha de São Miguel, nos Açores, com um elenco de actores não-profissionais, a longa-metragem de Cláudia Varejão, vai ter estreia absoluta na 79ª edição do Festival de Veneza, que acontece até 10 de setembro. Com produção da Terratreme e coprodução da francesa La Belle Affaire, “Lobo e Cão” dá-nos a conhecer a realidade insular através de Ana, do seu grupo de amigos e da sua família. O filme cruza realidade e ficção, numa ode à comunidade queer desta ilha.


“Mal Viver”

O filme de João Canijo, com produção Midas Filmes, é sobre mães que não conseguem amar as filhas que, por sua vez, não conseguem ser mães. Conta a história de uma família de cinco mulheres que herdou um hotel de província e tenta salvá-lo da ruína. Com a chegada da mais nova mulher da família, feridas e disputas adormecidas são reabertas, num fim-de-semana em que os próprios clientes do hotel, vivem relações atribuladas.


“Restos do Vento” 

Produzido pela Leopardo Filmes, “Restos do Vento”, realizado por Tiago Guedes, vai ter a sua estreia nos cinemas portugueses no próximo dia 22 de setembro. A longa-metragem baseia-se numa tradição pagã de uma vila do interior de Portugal, que deixa traços dolorosos num grupo de jovens adolescentes. 25 anos depois, ao reencontrarem-se, o passado ressurge e a tragédia instala-se.


“Salgueiro Maia – O Implicado "

“Salgueiro Maia – O Implicado” constitui o primeiro retrato daquele que é considerado o herói e o símbolo mais puro do 25 de Abril de 1974. Fernando Salgueiro Maia, o anti-herói não ocasional, produto de uma formação académica e militar, foi um homem que soube pensar o futuro, seguir as ideias, contestando-as, vivendo uma vida cheia, alegre e fértil, solidária e sofrida – se não tem morrido prematuramente aos 47 anos, teria agora 75. Através de uma abordagem moderna, intimista e emocional, Salgueiro Maia – O Implicado retrata as histórias que ainda não foram contadas sobre o Capitão de Abril.

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