Crítica - Gritos 6 (2023)



Realizado por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett
Com Jenna Ortega, Samara Weaving, Hayden Panettiere, Courteney Cox


Qual é o melhor franchise de terror da atualidade? Temos que dizer, sem dúvida, "Gritos"/ "Scream". Há uns anos atrás seria de loucos fazer esta afirmação, mas os novos capítulos da saga imaginada pelo falecido Wes Craven tem feito por merecer o hype e até mesmo o quarto filme tão negligenciado em 2011 está já a ser encarado com outros olhos e muitos já o consideram à frente do seu tempo. Mas têm sido estes dois últimos capítulos que tem conseguido promover um bom restart geracional da saga sem esquecer a ligação com os filmes originais, aliás o espírito da trilogia original está bem vivo e são várias as pontes entre os velhos filmes e os novos, ignorando e bem as fraquissímas séries televisivas. Mas como se explica este sucesso?
Para começar, Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett tiveram a visão necessária para continuar o legado de Craven e respeitaram até ao momento a sua linha editorial e visão. Em primeiro lugar conseguiram criar de forma competente e inteligente as já referidas pontes entre gerações e capítulos. Vimos recentemente que sagas como "Texas Chainsaw Massacre", "Saw" ou "Halloween" não o conseguiram fazer com entregas mais recentes, mas os capítulos "Scream" para além de modernos são também geracionalmente cativantes e respeitadores das origens. Mas talvez o maior mérito da dupla é terem conseguido construir em cima do passado e pegar no melhor da trilogia original e das boas ideias do quarto filme para criar algo ainda mais inesperado mas sem entrar no exageradamente absurdo.
Talvez o apogeu da surpresa neste novo capitulo não seja tanto o twist final que se fazia prever, mas sim a sequência original que é, para mim, a mais inesperada e completa da saga...e a competição é feroz. Após este grande arranque, "Gritos 6" nunca se supera mais, mas mantém um nível estável de terror, ação e drama que o torna, no global, num filme acima da média. É certo que tem dos piores vilões da saga (e para não dar spoilers ficaremos por aqui) e notasse também a ausência de Sidney e Dewey (por razoes diferentes, como é óbvio), mas a nostalgia e o espírito da saga continuam lá e as reais sequências de terror não desiludem.
Por estes dias, "Gritos 6" é já o maior sucesso comercial da saga, dando assim apoio às decisões da dupla de cineastas e provando também que a saga está revitalizada e tem tudo para encarreirar em futuros capítulos de sucesso.


Classificação - 3,5 Estrelas em 5

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