Realizado por Robert Marianetti, Robert Smigel, David Wachtenheim
A grande aposta da Netflix para concorrer com a Disney, Pixar, DreamWorks, Studio Ghibli e Illumination Entertainment na corrida ao Óscar de Melhor Filme de Animação é, à partida, a sua colaboração com a Aardman Animations na sequela de "Chicken Run"/ "A Fuga das Galinhas", mas haverá outro filme capaz de apresentar uma candidatura desta envergadura? A alternativa parecia ser "Leo", uma espécie de comédia de animação musical, onde acompanhamos a história de um ano escolar pelos olhos do mascote da turma, o lagarto Leo (Adam Sandler). O lagarto de 74 anos vive dentro da mesma sala de aula há décadas com uma tartaruga (Bill Burr). Um dia, Leo descobre que só tem mais um ano de vida e resolve tentar fugir para conhecer o mundo fora da sala de aula, mas acaba por se envolver nos problemas dos alunos e de uma professora substituta simplesmente impossível.
Embora no papel seja uma boa aposta da Netflix e um aparente candidato razoável aos Óscares (e não só) de Animação, "Leo" denota algumas fragilidades que dificilmente o tornarão num candidato tão forte como, por exemplo, a aguardada sequela de "Chicken Run". É verdade que é um filme divertido com uma narrativa emotiva e educacional, mas falta-lhe uma maior dimensão criativa e diferencia. É certo que os mais novos poderão ficar cativados pela sua história simpática e protagonistas cativantes, mas a verdade é que já vimos a base desta história em outros projetos...É, no entanto, como já se disse, uma opção digna para uma agradável sessão familiar e um daqueles filmes que fazem falta ao catálogo da Netflix e na sua aposta de diversidade. Talvez a maior crítica que se lhe possa apontar corresponde, curiosamente, à irritante performance vocal de Adam Sandler (tão igual a algumas das suas personagens exageradas do passado) que, infelizmente, não conseguiu dar a Leo uma perspetiva diferente.
Classificação - 2,5 Estrelas em 5
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