Crítica - L’Apollonide (2011)

Realizado por Bertrand Bonello
Com Hafsia Herzi, Céline Sallette, Jasmine Trinca

Um bordel  de luxo na Belle Époque, Apollonide, vê os seus dias contados com a crescente emergência da prostituição de rua. No seu interior, as jovens vivem enclausuradas, pois a ida à rua sem um homem ou a patroa era considerada solicitação. Neste mundo muito sinistro ainda que belo, estas raparigas criam um micro cosmos de fantasia onde sexo e pureza se confundem, e uma enorme solidariedade de as une e faz sentir menos desamparadas ainda que sempre sós e excluídas. Os clientes variam, desde os apaixonados até aos sádicos, todos procuram fugir da realidade dando largas às suas perversões.
Sumptuoso, com um guarda-roupa fascinante e belas actrizes, o filme consegue uma excelente fotografia com imagens que parecem saídas de autênticos quadros da época. Apesar destes elementos, o filme cansa pela insistência na tentativa de despertar a repugnância e a pena no espectador, pelas sucessivas cenas de sexo, pela perversão sistemática e também pela tese de que até a prostituição desceu de nível, como se não existissem já festas gore ou prostituição de luxo. Monótono, demasiado lento e pouco surpreendente, L’Apollonide torna-se uma obra desnecessária e um desperdício de recursos que poderiam ter sido muito bem aproveitados se partisse de uma tese mais consistente.
Classificação - 2,5 Estrelas Em 5 

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