Crítica - Grudge Match

Realizado por Peter Segal
Com Robert De Niro, Sylvester Stallone

A presença dos explosivos veteranos Sylvester Stallone e Robert De Niro parecia ter tudo para animar ou, pelo menos, abrilhantar um pouco "Grudge Match", até porque ambos protagonizaram, no auge das suas carreiras, dois projetos clássicos que estão, claramente, entre os melhores filmes de boxe já produzidos em Hollywood, mas por muito nobres que tenham sido as suas pequenas intenções e tentativas de elevar a dimensão deste projeto, a verdade é que ambos pouco contribuíram para tornar esta comédia num filme que mereça ser visto, até mesmo pelos fãs destes experientes astros que conquistaram com esta obra de Peter Seal mais um ponto negativo e completamente dispensável das suas respetivas carreiras, que já parecem muito longe do seu auge e mais próximas do knock-out. 


Em “Grudge Match”, Stallone e De Niro interpretam Henry "Razor" Sharp e Billy "The Kid" McDonnen, dois lutadores de Pittsburgh cuja feroz rivalidade lhes traz grande notoriedade. No seu auge, cada um alcança uma vitória contra o outro mas, em 1983, na véspera da decisiva desforra, Razor anuncia de repente a sua retirada da competição, recusando apresentar qualquer razão e acabando por arrumar a carreira de ambos, mas trinta anos depois, são convencidos a voltar ao ringue para uma luta final que, infelizmente, ao contrário do que a sinopse oficial promete, não tem consequências hilariantes, porque apesar de ser acompanhado por um espírito leve e descontraído, “Grudge Match” não tem qualquer piada ou sequer um pouco de vivacidade sugestiva ou contagiante, aliás há muito pouco humor neste projeto, que também não caprichou nada nas suas trapalhonas e imponderadas sequências dramáticas, que apenas conseguem denegrir a imagem alfa das personagens principais. Tal como Razor e The Kid, Stallone e De Niro são duas experientes lendas que, embora ainda suscitem curiosidade, já passaram há muito a fase áurea das suas respetivas carreiras mas que, por razões que só a eles lhe preocupam, continuam a apostar em espetáculos cinematográficos deprimentes como esta fraquinha produção, que apenas denigrem tudo aquilo de bom que construíram no passado, como “Rocky” ou “Raging Bull”, dois clássicos intemporais onde interpretam, com grande garra e paixão, duas personagens muito fortes cujas peripécias num ringue de boxe ficaram para sempre na nossa memória, ao contrário da pobre rivalidades das suas personagens nesta pobre comédia, que nem conseguiu aproveitar o passado de DeNiro e Stallone para capitalizar e enrijecer a sua história.

Classificação - 1,5 Estrelas em 5

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