Crítica - Lone Survivor (2013)

Realizado por Peter Berg
Com Ben Foster, Emile Hirsch, Eric Bana, Mark Wahlberg

Em pouco mais de quarenta dias, Peter Berg passou para o grande ecrã a poderosa história real de quatro soldados da marinha norte-americana que, durante uma perigosa missão infiltrada para neutralizar um problemático terrorista, foram apanhados numa emboscada pelo inimigo nas montanhas afegãs, tendo sido por isso eventualmente confrontados com probabilidades impensáveis e com o espetro bem real da morte e da derrota. É claro que, apesar de ter demorado apenas quarenta dias a ser gravado, “Lone Survivor” demorou cinco longos anos a ser preparado, sendo que o resultado final acabou por ser um filme bem montado e estruturado que entrega na perfeição as mensagens a que se propõem.


O seu guião apela aos sentimentos de patriotismo e coragem, afinal de contas estamos perante um filme baseado numa poderosa e inspiradora história real que ainda hoje é recordada como uma das grandes histórias das guerras dos Estados Unidos contra o Iraque e Afeganistão, por isso é que havia tanta expetativa para ver o que saía daqui. Embora seja um pouco lento de início, “Lone Survivor” acaba por apanhar um bom ritmo de ação, emoção e aventura a partir do momento em que os quatro protagonistas são apanhados na emboscada e começam a sua impressionante luta por sobrevivência. É a partir deste ponto que as coisas começam a ficar mais sérias e emocionantes, porque sentimos sempre uma grande adrenalina quando seguimos de perto as intervenções dos protagonistas, que desde inicio até ao final da emboscada, estão sempre presos a um combate violento que lhes deixa muitas mazelas físicas e emocionais. É claro que por vezes há um certo melodramatismo desnecessário nas sequências mais emotivas do filme, que acabam por ser necessárias para demonstrar os poderosos sentimentos humanos que comandaram a luta pela sobrevivência destes homens, que tudo fizeram para protegerem os seus camaradas e o seu país. Em comparação com outros filmes semelhantes, “Lone Survivor” não puxa tanto ao patriotismo exacerbado e até faz questão de criticar a estratégia assumida pelo comando central do exército, mas tudo sempre com uma certa contenção, como é óbvio. Para além de uma boa direção de Peter Berg, “Lone Survivor” também conta com uma performance razoável de Mark Wahlberg na pele de Marcus Luttrell, que passa como uma imagem de resiliência. Enfim, “Lone Survivor” não é nenhum filme de guerra esplendoroso, como “The Hurt Locker, mas é um bom filme que merece a nossa atenção. 

 Classificação – 3,5 Estrelas em 5

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