Especial MOTELx 2018 - Entrevista a Rui Pedro Sousa, Realizador de Insanium

No âmbito da antevisão ao MOTELx 2018, o Portal Cinema lançou um desafio aos realizadores das 12 curtas portuguesas a concurso ao Prémio de Melhor Curta de Terror Portuguesa do MOTELx 2018! O desafio consistia em responderem a uma pequena entrevista sobre o projeto a concurso, a sua carreira e, claro está, os projetos futuros. 11 dos 12 criadores aceitaram esta proposta e apresentamos agora o resultado final. Segue-se uma entrevista com Rui Pedro Sousa, realizador de “Insanium”.


Sobre Insanium



Produzido pela promissora produtora portuguesa Station e realizada pelo já experiente cineasta Rui Pedro Sousa, “Insanium” é mais que uma curta com uma trama sobre a superação dos medos. É um projeto com várias camadas de complexidade que promete surpreender ao longo dos seus 3 Atos e dos 15 Minutos de duração!

Sinopse – Dois irmãos encontram um cadáver enquanto passeiam no floresta. Esta descoberta desencadeia uma série de eventos que irá transformar as suas vidas para sempre. 

Sobre a Station - A Station nasceu como produtora de audiovisuais em 2015. Nasceu da vontade de fazer filmes com qualidade e valor, de um grupo de jovens já com vasta experiência na área de publicidade e cinema, adquirida durante anos enquanto freelancers da área de audiovisual em diversas produtoras.



Entrevista a Rui Pedro Sousa



1 - Antes de explorarmos um pouco o projeto que vem apresentar ao MOTELx 2018, gostaria que me falasse um pouco sobre o seu percurso profissional até ao dia de hoje. Qual a sua formação? E o que fez antes de começar a trabalhar neste projeto?

Rui Pedro Sousa, nascido em Aveiro em 1986. Vim para o Porto em 2008 com o sonho de estudar Cinema. Ingressei na ESAP - Escola Superior Artística do Porto, onde estudei Cinema e Audiovisual tendo completado o segundo de 3 anos. Após o final do Segundo ano fui convidado a trabalhar numa produtora do Porto onde trabalhei durante 7 anos em Motion Graphics e Efeitos Visuais. Durante este período realizei a curta-metragem Tsintty em 2012, um projecto rodado aos fins-de-semana com amigos e colegas num processo que nos demorou dois meses. Dois anos depois em 2014, e de novo com filmagens de fim-de-semana levei os próximos dois anos (até 2016) a produzir a média-metragem Limbo. Saí da Produtora onde estive 7 anos rumo a Londres - em Setembro de 2016 - onde estive durante um ano a criar um grande numero de contactos. Foi neste período que falei com a Station Productions, que acreditou em mim, e me abriu verdadeiramente as Portas para seguir o sonho da realização. Com eles trabalho ainda regularmente como realizador em Spots Publicitários, institucionais e, claro, Ficção, com este Insanium e uma curta de comédia, George.

2 - Quais são as suas principais influências cinematográficas?

As influências são várias e podia enumerar muitos realizadores mas cresci com os filmes do Spielberg. E.T., Shindlers List, Saving Private Ryan, Color Purple e muitos outros. São filmes que me fizeram sonhar e querer um dia poder também contar histórias. Mais recentemente sigo muito de perto o trabalho de realizadores como Alfonso Cuáron, Guilhermo Del Toro e J.A. Bayona.

3 - Tem algum sonho/objetivo em particular que pretenda alcançar no mundo cinematográfico?

Penso que como qualquer filmmaker, o sonho passa por poder fazer apenas ficção e pagar as contas (sorrisos). Mas na verdade o sonho passa e sempre passou por poder contar histórias. Por poder tirar da cabeça das pessoas todas as preocupações que possam ter, pelo menos durante as duas horas em que assistem a um filme meu, fazendo-as sonhar.



4 - O que o levou a criar “Insanium”? O projeto final ficou como imaginou? E já agora como o descreve?

Em Londres foi-me enviado um argumento chamado Zombie do escritor Joey Fidler dos Estados Unidos. Era uma mini curta, super interessante, que eu decidi logo na primeira leitura que queria fazer. Ao mesmo tempo eu tinha duas curtas originais escritas e, junto com a Station, decidimos produzir as 3 curtas. Na altura nenhuma delas se relacionava e foram planeadas como filmes isolados, com atores diferentes. Já numa fase muito avançada do processo, depois das filmagens do zombie e ainda antes das filmagens do Whispers e do Awoken vi que havia a possibilidade de juntar as 3 curtas (como volumes ou capítulos) de um só filme (ou como se fosse uma trilogia). E assim nasceu Insanium, uma história sobre dois irmãos contada em 3 partes. O Final ficou exatamente como queria embora não 100% perfeito porque creio que a perfeição é uma meta para a qual estaremos sempre a apontar, mas estou muito contente com o resultado e mais ainda com toda a minha equipa e elenco. No fundo, descrevo "Insanium" como um Thriller com Zombies, fantasmas e monstros onde nem tudo o que parece é.

5 - O que pode o espectador esperar e o que espera que ele sinta ao ver “Insanium”? Tem alguma mensagem específica que lhe queira transmitir para o preparar para a visualização?

Por ser uma curta-metragem, não posso revelar muito mas o espetador pode, acima de tudo, esperar ser entretido. Insanium pretende entreter primeiro e se possível no fim fazer o espectador reflectir um pouco.

 6 – E o que nos pode dizer sobre os seus projetos futuros? 

De momento tenho uma longa-metragem original escrita por mim. Mas estou em conversações com dois produtores de Hollywood, que me contactaram elogiando este mais recente trabalho e querendo trabalhar comigo, para um longa-metragem de terror. Está na fase de development de um projecto que poderá vir a ser o meu primeiro projecto longo, onde a Station estará também envolvida.

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