No âmbito da antevisão ao MOTELx 2018, o Portal Cinema lançou um desafio aos realizadores das 12 curtas portuguesas a concurso ao Prémio de Melhor Curta de Terror Portuguesa do MOTELx 2018! O desafio consistia em responderem a uma pequena entrevista sobre o projeto a concurso, a sua carreira e, claro está, os projetos futuros. 11 dos 12 criadores aceitaram esta proposta e apresentamos agora o resultado final. Segue-se uma entrevista com Francisco Lacerda, co-realizador de “Freelancer”.
Dos criadores das populares curtas-metragens "Dentes e Garras!" e "Dentes e Garras 2" chega "Freelancer", uma comédia negra que satiriza o meio freelance e a indústria cinematográfica numa narrativa extravagante, repleta de humor e sangue.
Sinopse - Jorge, um operador de câmara freelancer, encara diariamente uma série de clientes abusivos e pagamentos em atraso. Ao aceitar mais um trabalho de uma filmagem que aparenta ser uma simples cerimónia de casamento, esta acaba por se revelar um autêntico pesadelo.
Sobre Freelancer
Dos criadores das populares curtas-metragens "Dentes e Garras!" e "Dentes e Garras 2" chega "Freelancer", uma comédia negra que satiriza o meio freelance e a indústria cinematográfica numa narrativa extravagante, repleta de humor e sangue.
Sinopse - Jorge, um operador de câmara freelancer, encara diariamente uma série de clientes abusivos e pagamentos em atraso. Ao aceitar mais um trabalho de uma filmagem que aparenta ser uma simples cerimónia de casamento, esta acaba por se revelar um autêntico pesadelo.
Estudei Som e Imagem na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha de 2011 a 2014. o segundo ano lectivo do curso realizei a curta-metragem "Dentes e Garras!" a qual teve a sua estreia no Fantasporto em 2014 e fez parte da selecção oficial da 8ª edição do MOTELx. Após ter terminado o curso mudei-me para Helsínquia e realizei em 2015 a sequela "Dentes e Garras 2", a qual teve a sua estreia mundial na 10ª edição do MOTELx e correu vários festivais estrangeiros.
2 – Quais são as suas principais influências cinematográficas?
São inúmeras minhas influências cinematográficas e estas variam imenso com cada projecto. No caso de Freelancer, fui influenciado maioritariamente pelo filme We Are The Flesh de Emiliano Rocha Minter, estéticas dos anos 80, e cultura dos Açores.
3 – Tem algum sonho/objetivo em particular que pretenda alcançar no mundo cinematográfico?
Simplesmente continuar a ter ideias que se desenvolvam em histórias que queira contar através de um filme, seja longa-metragem ou curta-metragem.
4 – O que o levou a criar "Freelancer"? O projeto final ficou como imaginou? E já agora como o descreve?
Antes de criar este projecto, não estava a planear realizar mais uma curta-metragem, não me tinha surgido qualquer ideia boa o suficiente para desenvolver uma história que me agradasse. Um dia, o meu amigo Francisco A. Lopes, também co-realizador da curta em questão, enviou-me um pitch para um spin-off das minhas curtas metragens anteriores. Apaixonei-me imediatamente pelo pitch e comecei a desenvolver um argumento baseado no mesmo. O argumento foi escrito em colaboração com Francisco A. Lopes e após uns quatro rascunhos encontrámo-nos muito satisfeitos com a história.
O projecto final ficou muito semelhante ao que imaginei, acho que é impossível qualquer filme após a sua finalização ficar exactamente igual ao que o realizador imaginou quando o estava a desenvolver. Existem elementos que no papel parecem funcionar e na pós-produção não funcionam, o mesmo aconteceu com este projecto e visto este ser uma colaboração entre mim e Francisco A. Lopes, acredito que chegamos a um bom senso no que deveria ser incluído na curta de modo a favorecer a narrativa e o nosso conceito inicial do filme.
5 – O que pode o espectador esperar e o que espera que ele sinta ao vê-lo? Tem alguma mensagem específica que lhe queira transmitir para o preparar para a visualização?
O MOTELx no seu press release categorizou Freelancer como “Extreme Trash Extravaganza”, acho que é uma descrição fiel aos conteúdos do filme. Eu e o Francisco A. Lopes categorizamos esta curta e as anteriores num sub-género a que chamamos de “Azoresploitation”.
Quanto a uma mensagem particular ao espectador, recomendo levarem um saquinho de enjoo para a sessão.
6 – O que significa a presença da sua curta na Competição Oficial do MOTELx? E perante isto quais são as suas expectativas globais (quer no festival, quer posteriormente) para a mesma?
É sempre um enorme prazer e honra fazer parte da selecção oficial ao Prémio de melhor curta de terror portuguesa do MOTELx, para mim é sempre uma vitoria poder exibir um filme no festival. A curta teve a sua estreia no Festival Caminhos do Cinema Português em Novembro de 2017, e tem feito parte da selecção oficial de vários festivais de cinema internacionais como o Tampere Film Festival e o Boston Underground Film Festival. Irá marcar presença em New Orleans no estado de Louisianna no NOLA Horror Film Festival e na América Central no Panamá Horror Film Festival.
7 – E o que nos pode dizer sobre os seus projetos futuros? O seu futuro profissional passará por Portugal ou poderá haver uma aposta no estrangeiro?
Não me faltam ideias para futuros projectos, algumas já desenvolvidas na fase de escrita, mas o mundo do cinema mexe-se a um passo muito lento, logo não sei dizer qual será exactamente o próximo filme de Francisco Lacerda. Embora viva em Helsínquia na Finlândia, por agora pretendo continuar a realizar projectos concentrados em Portugal, nomeadamente na Região Autónoma dos Açores.
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