Crítica - HellBoy (2019)

Realizado por Neil Marshall
Com Milla Jovovich, Ian McShane, David Harbour

Após duas obras de relativo sucesso e com um nível técnico ao estilo de Guillermo Del Toro, muito se especulo sobre o futuro de Hellboy nos cinemas. Em 2019 surgiu um remake que prometia um nível mais violento que os capítulos de Del Toro protagonizados por Ron Perlman. E a verdade é que esta obra mais recente é de facto mais negra e aguerrida no campo da violência gráfica, mas substancialmente está uns bons furos abaixo em relação aos filmes anteriores.
Sem qualquer ligação com os dois capítulos anteriores, "Hellboy" volta a apresentar-nos a Hellboy, um ser de outra dimensão com aspeto diabólico mas com um coração de ouro que, apesar das suas origens negras, revela-se a única esperança da Humanidade perante os planos traiçoeiros de uma temida feiticeira do tempo do Rei Artur.
Neil Marshall, realizador do conhecido "The Descent", é, sem dúvida, um cineasta talentoso e diferenciado, mas sem dúvida que é um criativo que procura incutir aos seus projetos uma maior dimensão sombria e mais próxima ao terror. E talvez por isso já se adivinhava que este remake seria bem mais pesado que as obras de Del Toro. E tal presunção confirmou-se, mas esperava-se um maior requinte e qualidade desta obra que, embora mais fiel às origens negras da banda desenhada, acaba por se revelar menos místico e fascinante que as obras de Del Toro. 

Classificação - 2 Estrelas em 5

Enviar um comentário

0 Comentários

//]]>