Foi em 2012 que entramos em contacto com a cineasta brasileira Petra Costa quando descobrimos, no Festival FEST, o seu primeiro documentário (longa-metragem): "Elena" (Leia a Crítica). Brilhante e Tocante, "Petra" obteve um merecido reconhecimento no Brasil e em todo o Mundo e colocou Petra Costa entre as estrelas em ascensão do cinema brasileiro. Uns anos mais tarde, Costa apresentou "Olmo e a Gaivota", mas foi agora, em 2019, com "Democracia em Vertigem" que volta a estar nas bocas do mundo.
Estreado no festival de Sundance e, desde então, sucesso no Circuito de Festivais, o documentário "Democracia em Vertigem" retrata o processo de impeachment da ex-presidente brasileira Dilma Rousseff através de uma ótica intimista por parte de Petra Costa que, como se sabe, gosta de incutir o seu cunho pessoal aos seus filmes. Recentemente, o New York Times elegeu-o como um dos melhores filmes do ano (até ao momento) e certo é que este famoso jornal norte-americano não parece ter sido o único a ficar rendido a esta obra.
Após boa recepções por parte da imprensa em todos os festivais por onde passou (incluindo da imprensa portuguesa, já que o filme já passou por Portugal no IndieLisboa 2019), "Democracia em Vertigem" também conquistou aplausos junto da imprensa no Brasil, o mercado alvo deste projeto e onde estreou via Netflix. É certo que dividiu a opinião política e pública numa Sociedade Brasileira muito volátil e fraturada, mas também é certo que tal se esperava de um documentário feito para provocar reações e ao qual poucos podem ficar indiferentes.
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