Crítica - Lightyear (2022)

Realizado por Angus MacLane

 

"Lightyear" é o grande projeto da Disney/Pixar para 2022 e, como tal, o seu candidato de proa ao Óscar de Melhor Filme de Animação. Chegará la? Para já a fraca concorrência dos novos projetos da Illumination (Mínimos 2: A Ascensão de Gru), Warner (DC League of Super Pets), Netlix (The Sea Beast) e Skydance (Luck) parece indicar que "Lightyear" é mesmo o grande concorrente e nem a outra grande aposta do estúdio, "Turning Red", parece ter capacidade para lhe roubar o brilho. É claro que a nova spin-off da saga "Shrek" e, acima de tudo, a nova adaptação de Pinóquio poderão mudar o jogo...Mas se "Lightyear" já era o grande filme de animação de 2022, agora, após a sua estreia, só podemos confirmar esta ideia...apesar de não ser o colosso que se esperava.

Tal como já tinha sido anunciado, "Lightyear" explora as origens de Buzz Lightyear, um dos personagens centrais da saga "Toy Story". Tal como o início do filme nos indica, "Lightyear" é, nada mais, nada menos, do que o filme que Andy assistiu em 1996 e pelo qual ficou fixado com Buzz Lightyear, algo que levou a sua mãe a dar-lhe o boneco desta personagem como prenda de aniversário. Esta é a grande ligação desta spin-off à saga original, já que concretamente as duas histórias desenrolam-se em Universos completamente distintos. É, por isso, uma história de origem com um contexto diferente que se passa num futuro alternativo e distante, onde a Humanidade começa a explorar o Universo em busca de vida extraterrestre e de novos locais habitáveis.

Tal como todos os filmes da Pixar/Disney, "Lightyear" tem na sua animação a sua mais valia. Tecnicamente competente e irrepreensível pouco há a apontar aos detalhes e à beleza técnica desta produção. A sua principal falha reside num enredo simples que não consegue emular a magia ou a profundidade emocional dos filmes originais. Mas, mesmo no seio de uma perspectiva sci-fi e mais espartana, consegue ainda assim nutrir algumas mensagens emocionais e dramáticas que ressoam no espectador. Fica a ideia que o enredo poderia ter ido um pouco mais a fundo e não ficar tão preso às suas bases de ação e fantasia, mas ainda assim o resultado final é positivo....mas não tanto como seria de esperar.

Classificação - 3,5 Estrelas em 5

Enviar um comentário

0 Comentários

//]]>