Crítica - Antlers (2021)

 

Realizado por Scott Cooper 
Com Keri Russell, Jesse Plemons 

 Numa cidade isolada do Oregon, uma professora do ensino básico (Keri Russell) e o seu irmão xerife (Jesse Plemons) envolvem-se num complexo caso de aparente negligência infantil que envolve um aluno enigmático, cujos segredos sombrios os conduzem a encontros aterradores com uma criatura ancestral lendária. Esta é a sinopse de "Antlers"/ "Faminto", novo projeto de Scot Cooper que, assim, estreia-se na realização de filmes de terror. Esta obra já estava no nosso radar desde 2020, quando a sua estreia foi anunciada, mas por culpa da pandemia só chegou aos cinemas em 2021. E tal como aconteceu com muitos dos filmes de 2020 adiados para 2021, "Faminto" perdeu o fulgor e visibilidade perante um cartaz de estreias cada vez mais preenchido e, claro, tal como "Last Night in Soho", "The Lodge" ou "Saint Maud" não recebeu muita atenção por parte do público. Mas tal como "The Lodge" na Netflix poderá, agora, ganhar uma nova vida no streaming graças à sua estreia no Disney+/ Starz. 
 É provavelmente o filme mais negro do catálogo recente da plataforma, mas ainda assim é uma proposta diferenciadora, isto apesar de não cumprir as elevadas expectativas que alimentou em 2020. E tais expectativas tinham por base o seu produtor, Guillermo Del Toro, que como se sabe é conhecido por associar o seu nome e criatividade a produções de elevado calibre no género fantástico. Esta não será o melhor projeto do seu currículo como produtor, mas tem ainda assim vários pontos de interesse e, acima de tudo, uma característica criativa que nos permite associar este projeto à visão de Del Toro. Trata-se do vilão do filme: Wendigo. Esta é uma criatura magica e mitológica, cujo visual encaixa perfeitamente na visão de Del Toro e na sua capacidade de dar corpo a incríveis lendas de fantasia. Este vilão acaba por ser a grande estrela e o principal elemento criativo do mesmo, representando o objetivo que os seus criadores pretendiam alcançar. É verdade que "Faminto" deixa algo a desejar no campo do terror, mas com os seus últimos vinte minutos cumpre na entrega de doses de fantasia e ação. 

Classificação - 3 Estrelas em 5

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