Realizado por Oliver Hirschbiegel, "Diana" foi a primeira grande produção cinematográfica a explorar pormenores concretos sobre a vida da Princesa Diana. Naomi Watts assumiu o papel da Princesa do Povo e saiu-se bem, aliás a sua interpretação foi uma das poucas coisas a ser elogiada. "Diana" versou sobretudo na relação entre a Princesa Diana e o Dr. Hasnat Kahn (Naveen Andrews), um brilhante cirurgião com quem a Princesa do Povo manteve uma discreta relação até aos seus últimos dias. Por entre os vários capítulos deste romance, "Diana" explora também a complexa relação de Diana com a imprensa e a forma pouco pacifica como viveu os seus últimos dias.
Oito anos após "Diana" surgiu nas salas de cinema outra grande produção sobre a vida da Princesa do Povo. Este mais focado num capítulo específico, nomeadamente no último Natal que Diana passou na propriedade real de Sandringham House na companhia da Família Real antes de pedir o divórcio do Príncipe Carlos. Tal como "Diana", Spencer" não é um retrato 100% factual e verídico, mas permite tirar ilações sobre quem era Diana nos bastidores. Neste filme coube a Kristen Stewart dar vida a Diana.
Embora "Diana" explore um pouco mais da vida da Princesa, "Spencer" tem sido mais elogiado pela sua autenticidade e pelo retrato mais realista que pinta da icónica figura da monarquia. Embora de forma mais limitada no espaço temporal consegue pintar um retrato de Diana ao qual muitas das pessoas que tiveram o privilégio de a conhecer reconhecem mérito. O alvo de maiores elogios foi a forma como "Spencer" retrata Diana como a mãe carinhosa e estremada que era. E esta abordagem não se limita a mostrar, apenas por atos, como Diana interagia com William ou Harry, mas sim o que estava disposta a fazer para passar tempo com eles e como os tentou proteger da cultura monárquica que ela viria a considerar tóxica.
Para além do apoio de quem conviveu com Diana, "Spencer" tem também a seu favor o facto de não explorar em demasia as vertentes mais polémicas da sua vida. É certo que temas controversos como a saúde física e mental de Diana são abordados, mas são de uma forma respeitosa e ténue que, segundo relatos próximos, não fogem muito à realidade. Já "Diana" centra muita das suas atenções no seu lado mais controverso, nomeadamente por se focar no período Pós- Divórcio de Diana sobre o qual muito pouco se sabe de concreto. Talvez por isso a obra de Hirschbiegel tenha sido menos elogiada que a de Pablo Larraín pelas pessoas mais próximas a Diana...Mas o que verdadeiramente sobressai é o lado mais especulativo de "Diana" comparativamente com o de "Spencer", algo que acaba por funcionar mais no lado mediático do que no lado histórico e dramático....
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