Crítica - 22 Jump Street (2014)

Realizado por Phil Lord 
Com Jonah Hill, Channing Tatum, Ice Cube 

O primeiro filme da saga "21 Jump Street" foi um consagrado sucesso em todo o planeta, rendendo assim uma justa homenagem à popular série televisiva que lançou a carreira de Johnny Depp. Este gigante sucesso deu origem, dois anos mais tarde, a esta sequela que, felizmente, não fica nada atrás do filme original, já que apresenta também uma intriga repleta de ação e diversão que dignifica o género das comédias de ação, aproveitando ainda para lhe incutir um certo toque refrescante de jovialidade que já tinha marcado presença no primeiro filme. Tal como na primeira entrega, os jovens e já populares Channing Tatum e Jonah Hill voltam a desempenhar um papel fulcral e indispensável na qualidade e potencial desta aventura, já que ambos assumem duas performances de alto nível que impulsionam esta obra para vôos de maior dimensão, quer dentro da comédia, quer dentro da ação. Esta jovem dupla volta portanto a interpretar, com proficiência e química, os dois policias e amigos Schmidt e Jenko que, desta vez, infiltram-se numa universidade local para deitarem por terra, mais uma vez, os planos de uma organização de tráfico de droga e assim retirar das ruas uma poderosa substância ilícita. O problema é que, desta vez, Schmidt e Jenko terão também que descobrir se conseguem ter uma relação como dois adultos. 


Sem o poder e a química de Tatum e Hill, "21 Jump Street" não teria tido o sucesso que teve. O mesmo acontece agora com "22 Jump Street", onde esta poderosa dupla volta a pegar de estaca e a suportar boa parte do filme com a sua energia e espírito de companheirismo, dois atributos que dão, sem dúvida, um fulgor único e divertido à intriga policial que é retratada. O problema é que, tal como aconteceu no primeiro filme, essa intriga não faz grande sentido e acaba por assumir um papel secundário perante o poder das performances de Tatum e Hill, mas também perante a capitalização das sequências de comédia e ação que vão aparecendo em cena e que são, em conjunto com as performances dos dois protagonistas, aquilo que realmente consegue entreter e entusiasmar o espectador. É por isso irrelevante a falta de imaginação da história policial, a parvoíce da componente romântica da trama ou os vários estereótipos que aparecem ocasionalmente em cena, porque o que realmente importa em "22 Jump Street" são os múltiplos momentos de irmandade entre Scmidt e Jenko que, quase sempre, culminam em qualquer tipo de piada ou cena de pancadaria que animam o espectador. Essas sequências são bem pensadas e acabam por colocar esta segunda entrega num bom patamar dentro do seu género. É claro que este filme está longe de ser uma grande maravilha, mas não há dúvidas que, tal como o seu antecessor, apresenta potencial para entreter o espectador sem, no entanto, apresentar um guião bem conseguido ou empolgante. É claro que "22 Jump Street" já não tem também aquele sentimento de novidade que sentimos em "21 Jump Street", mas pelo menos é bom ver que os seus produtores conseguiram manter vivo o espírito de diversão que reinou na obra de 2012. 

  Classificação - 3 Estrelas em 5

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