Crítica - Taken 3 (2015)

Realizado por Olivier Megaton 
Com Liam Neeson, Forest Whitaker, Famke Janssen

Já se sabe que à partida "Taken 3" será mesmo o último capítulo da saga de ação dirigida por Olivier Megaton e produzida por Luc Besson, mas em Hollywood nunca há certezas de nada e a ganância cega dos produtores poderá sempre originar qualquer reviravolta nesta decisão, aliás tendo em conta os fraquíssimos resultados de "Taken 2", só se pode explicar a produção de "Taken 3" com o mesmo tipo de ambição financeira e falta de criatividade que, porventura, poderá dar origem, quem sabe, a uma possível quarta entrega ou a uma spin-off desta saga. Pelo menos, "Taken 3" faz questão de não matar definitivamente essa possibilidade e até parece acrescentar uma possível ideia de enredo graças ao anúncio da criação de uma personagem que ainda não foi raptada em toda a saga e que, quem sabe, poderá ser a vítima de uma possível quarta entrega.
A ver vamos se Luc Besson fará um "Taken 4" ou não, mas a julgar pela receção e qualidade de "Taken 3", essa possibilidade é mais remota que a possibilidade de Bryan Mills, o herói da saga, perder uma luta corpo a corpo com um mau da fita. Nesta terceira entrega, Mills perde definitivamente a sua ex-mulher Lenore quando esta é brutalmente assassinada. O próprio Mills é acusado de ter cometido este crime hediondo e, por isso, vai ter de utilizar todas as suas capacidades físicas e técnicas para escapar à implacável perseguição da CIA, FBI e da Polícia, ao mesmo tempo que tenta encontrar os verdadeiros assassinos e proteger a única coisa que agora mais lhe importa na vida, a sua filha.


Tal como nas duas entregas anteriores, "Taken 3" apresenta-se ao espectador como um conjunto caro, excessivo e muitas vezes desnecessário de sequências de ação altamente improváveis mas cheias de adrenalina que se enquadram no estilo característico desta saga. É certo que "Taken" até juntava estas sequências fortes com uma capacidade técnica bem coordenada e realista, mas também com uma intriga competente, relativamente original e cativante, mas o mesmo não se pode dizer de "Taken 2" e sobretudo de "Taken 3". Esta terceira entrega é o expoente máximo de sequências de ação ridiculamente improváveis e impossíveis, onde o protagonista consegue fazer tudo e mais alguma coisa sem ser preso ou sem ser confrontado com as leis das probabilidades ou das possibilidades físicas. É claro que de um ponto de vista meramente visual, tais sequências até poderiam ter aquela ode de espetacularidade técnica, como as da saga "Transformers", mas até nisso "Taken 3" falha, porque também não consegue incutir qualquer apelo ou requinte visual ou físico às suas sequências de ação, sejam elas perseguições automóveis, fugas impossíveis, tiroteios pouco convincentes ou lutas corpo a corpo sem qualquer ponto verdadeiramente positivo. 
Esta sua componente de ação e adrenalina correspondente à maior parte do conteúdo do filme e se este não vale a pena, então o que dizer sobre o seu argumento. Tal como aconteceu com "Taken 2", a história de "Taken 3" não é bem estruturada e, acima de tudo, é extremamente básica e enfadonha. Não há portanto qualquer apelo na jornada pela justiça e proteção levada a cabo por Bryan Mills, que mais uma vez volta a ser interpretado por um Liam Neeson mediano que, também ele, já parece estar cansado e farto desta saga, como aliás todos nós já estamos.

Classificação - 1 Estrelas em 5

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