A época de prémios está a entrar na sua fase inicial, mas a maior parte dos candidatos que farão parte da corrida aos principais prémios já foram exibidos nos cinemas, streaming e em festivais um pouco por todo o mundo. A esta altura já a imprensa ( e em vários casos o grande público) já teve acesso aos principais filmes do ano e, por isso, hoje o Portal Cinema dá a conhecer 20 Candidatos ao Óscar de Melhor Filme em 2023. Nesta segunda parte focamos a nossa atenção em 10 filmes com ainda pouca rodagem, mas que estão a ser apontados como possíveis surpresas e grandes obras do cinema deste ano!
TÁR
A Universal Pictures aposta forte em "TÁR", drama musical protagonizado por Cate Blanchett. Com estreia agendada para os Estados Unidos para Dezembro, "TÀR" é realizado e escrito por Todd Field e é ambientada no universo da música clássica. A sua história foca-se na figura de Lydia Tár, amplamente considerada uma das maiores compositoras/regentes vivas e a primeira maestrina chefe de uma grande orquestra alemã. Noémie Merlant, Nina Hoss, Sophie Kauer, Julian Glover, Allan Corduner e Mark Strong também integram o elenco desta cinebiografia que deverá chegar aos cinemas nacionais em Janeiro de 2023.
Armageddon Time
Não é só com "TÁR" que a Universal Pictures deposita esperanças na corrida ao Óscar de Melhor Filme. Também tem outro cavalo nesta corrida e este chama-se "Armageddon Time", o novo filme de James Gray, o realizador de "Ad Astra". Anne Hathaway, Jeremy Strong, Banks Repeta, Jaylin Webb, Anthony Hopkins e Jessica Chastain integram o elenco. Em "Armageddon Time" viajamos até à Nova York dos anos 1980, mais precisamente até à época que precedeu a chegada de Ronald Reagan à presidência dos Estados Unidos. Uma época de alguma instabilidade, onde conhecemos uma típica família americana que vive em Queens e que tem de passar por um processo profundamente pessoal. Traçando uma trajetória intensa de amadurecimento, "Armageddon Time" aborda a força da família e a busca que atravessa gerações pelo chamado sonho americano. A história é baseada na infância do próprio James Gray.
Women Talking
Dos mesmos produtores de dois projetos já vencedores do Óscar de Melhor Filme - "Moonlight" (2016) e "Nomadland" (2020) - "Women Talking" tem tudo para ser a grande surpresa indie de 2022. A sua história transporta-nos para 2010, onde as mulheres de uma comunidade religiosa isolada lutam para conciliar a sua realidade com sua fé. Baseado no romance de Miriam Toews, "Women Talking" conta com um elenco de luxo formado por Rooney Mara, Claire Foy e Jessie Buckley, sendo realizado por uma das cineastas mais impactantes da sua geração: Sarah Polley.
She Said
Carey Mulligan), atriz duas vezes nomeada ao Oscar e Zoe Kazan protagonizam “Ela Disse”/ "She Said", um filme que segue Megan Twohey e Jodi Kantor, duas repórteres do The New York Times, que, juntas, lançaram uma das mais relevantes histórias da nossa geração – uma história que ajudou a lançar o movimento #MeToo, rompeu décadas de silêncio em torno do tema do assédio sexual em Hollywood e alterou a cultura americana para sempre. Dos produtores vencedores de Oscars por “12 anos Escravo”, “Moonlight”, “Minari”, “Selma: A Marcha da Liberdade” e “A Grande Aposta”, "Ela Disse" é um poderoso drama baseado no best-seller do New York Times “She Said: Breaking the Sexual Harassment Story That Helped Ignite a Movement”. É realizado pela vencedora de um Emmy Maria Schrader a partir de um guião da vencedora de um Oscar Rebecca Lenkiewicz. É já a 17 de Novembro que chega aos cinemas nacionais.
Emancipation
A Apple+ tenta repetir o título que conseguiu na última edição com "CODA" e, desta vez, a aposta recai em "Emancipation". Realizado por Antoine Fuqua, "Emancipation" segue um escravo fugitivo que atravessa os pântanos do Louisiana numa jornada tortuosa para escapar dos proprietários de plantações que quase o mataram. O seu grande handicap é o seu protagonista, Will Smith, que como se sabe foi banido da Academia durante os próximos anos. Será que a Academia fechará os olhos a filmes protagonizados por si?
Bardo (or False Chronicle of a Handful of Truths)
Chega à Netflix a 17 de Novembro e será uma das fortes apostasda plataforma de streaming para chegar aos Óscares. "Bardo (or False Chronicle of a Handful of Truths)" é o novo filme do aclamado cineasta Alejandro G. Iñárritu e explora a história de um famoso jornalista e documentarista mexicano que regressa ao seu país para enfrentar a sua identidade, relações familiares e a loucura das suas memórias, assim como o passado e a nova realidade do seu país.
My Policeman
"My Policeman" é nova produção original da plataforma Amazon Prime com estreia agendada para 4 Novembro de 2022. Trata-se de um drama baseado no livro homónimo de Bethan Roberts que explora a história de um amor proibido e mudanças nas convenções sociais. "My Policeman" é uma história maravilhosa sobre o amor proibido e as mudanças sociais. que segue três jovens - o polícia Tom (Harry Styles), a professora Marion (Emma Corrin) e o curador de museus Patrick (David Dawson) - ao mesmo tempo que embarcam numa viagem emocional na Grã-Bretanha dos anos 50. Na década de 90, Tom (Linus Roache), Marion (Gina McKee) e Patrick (Rupert Everett), continuam a sentir nostalgia e arrependimento, mas agora têm uma última possibilidade de reparar a dor do passado. Baseado no livro de Betan Roberts, o realizador Michael Grandage esculpe um retrato visualmente transportador e comovente de três pessoas apanhadas nas marés da história, liberdade, e perdão.
Bones & All
Exibido em Veneza, "Bones & All" é o novo projeto de Luca Guadagnino, realizador de "Suspiria" e "Call me By Your Name". Baseado no livro homónimo escrito por Camille DeAngelis, "Bones & All" conta a história de um jovem casal canibal que sobrevive à margem da sociedade e que se prepara para embarcar numa jornada de mil quilómetros que os levará por estradas secundárias, passagens secretas e alçapões da América de Ronald Reagan. Timothée Chalamet e Taylor Russell são os dois protagonistas, mas no elenco podemos encontrar ainda vários nomes fortes, como Mark Rylance, André Holland, Jessica Harper, Michael Stuhlbarg, David Gordon-Green, Francesca Scorsese e Chloë Sevigny. Após ter chegado à grande noemação com "Call me By Your Name", "Bones & All" poderá marcar o regresso de Guadagnino aos Óscares?
Triangle of Sadness
Não é propriamente uma surpresa, já que conquistou a Palma de Ouro do Festival de Cannes e já esta em exibição em maior parte dos cinemas mundiais, nomeadamente em Portugal. A incerteza de "Triangle of Sadness" prende-se com a sua capacidade de convencer a Academia devido à sua excentricidade. Esta é a história ds modelos Carl (Harris Dickinson) e Yaya (Charlbi Dean) que se movimentam no mundo da moda, enquanto exploram os limites da sua relação. O casal é convidado para fazer um cruzeiro luxuoso na companhia de um conjunto de “infames” passageiros riquíssimos, um oligarca russo, um traficante de armas inglês e um capitão idiossincrático e alcoólico, dado a citações de Marx, interpretado por Woody Harrelson. Parece o cenário perfeito para muitas publicações Instagram. Mas durante o esmeradíssimo Jantar do Comandante, uma tempestade avoluma-se e os passageiros sofrem um intenso enjoo. O cruzeiro termina de forma catastrófica. Carl e Yaya vêem-se encalhados numa ilha deserta com alguns dos multimilionários e uma das empregadas de limpeza da embarcação. A hierarquia sofre repentinamente uma reviravolta... "Triângulo da Tristeza" é o sexto filme de Ruben Östlund, conhecido pelos seus retratos bem-humorados e exactos do comportamento social humano.
Living
Em "Living" seguimos Williams (Bill Nighy), funcionário público veterano que, quando é diagnosticado com uma doença fatal. fica inspirado para encontrar um novo significado para os seus dias restantes. "Living" é uma readaptação da obra de Akira Kurosawa, "Ikiru" (To Live), que se propõem a transportar a profunda sensibilidade da história para a Londres do pós-guerra, assumindo-se como reflexão oportuna sobre o significado da vida.
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