Crítica - Planes: Fire & Rescue (2014)

Realizado por Roberts Gannaway
Com Dane Cook, Ed Harris, Julie Bowen

Tal como já se esperava, "Planes - Fire & Rescue" não foge nada ao nível mediano apresentado por "Planes" (2013), mas tal como este seu esquecível e fraquinho antecessor, não se pode dizer que esta segunda entrega não cumpra os requisitos mínimos de entretenimento do seu pouco exigente público alvo, as crianças. Os espectadores mais velhos é que terão muitas dificuldades em encontrar pontos positivos nesta leve produção sem nenhum ponto verdadeiramente apelativo, algo que francamente não surpreende tendo em conta o primeiro filme e, sobretudo, porque é de conhecimento público que a Walt Disney nunca depositou grandes esperanças no franchise "Planes" que, ao contrário dos simpáticos aviões que dominam a sua história, não foi criado para alcançar grandes vôos. Neste segundo capítulo, Dusty descobre que o seu motor está danificado e que poderá nunca mais correr nas populares corridas aéreas e vê-se, por isso, obrigado a mudar de rumo e é lançado no mundo do combate aéreo aos incêndios. A jovem avioneta une forças com o helicóptero veterano de resgate e de combate aos incêndios Blade Ranger e à sua equipa corajosa, incluindo a espirituosa avião tanque Dipper, o helicóptero de carga pesada Windlifter, a ex-avião de transporte militar Cabbie e um conjunto animado de veículos todo-o-terreno conhecidos como Os Bombeiros Paraquedistas. Ao lado desta equipa destemida, Dusty irá combater um incêndio destruidor que o fará descobrir o que é preciso para se tornar num verdadeiro herói.
Não há grande coisa a dizer sobre o argumento deste segundo capítulo da série cinematográfica criada pela DisneyToon Studios, e que serve de spin-off do popular franchise "Cars" da Pixar Animation. E não há nada a dizer porque a sua história é básica, porque mais uma vez seguimos a jovem e sonhadora avioneta Dusty numa demanda para triunfar num novo mundo que desconhece mas que sempre admirou, sendo que este novo capítulo tem a agravante moral de pôr Dusty perante um drama trágico, já que este herói terá que lidar com a dura possibilidade de ter que desistir do seu sonho de ser um avião de corridas, sonho esse que comandou a trama do primeiro filme. À margem deste apontamento mais dramático, "Planes: Fire & Rescue" não foge quase nada dos parâmetros narrativos do primeiro filme, já que também aposta em moralidades básicas que, no final, vão desaguar em conclusões positivas que reforçam o poder da amizade e a importância da superação das dificuldades e da concretização dos sonhos por intermédio do trabalho árduo, ou seja, ideias morais que ficam sempre bem neste género de filmes direccionados para as crianças. No campo humorístico, "Planes: Fire & Rescue" apresenta também pouca chama e criatividade, como aposta também em poucas cenas de ação e aventura que realmente façam vibrar de emoção os espectadores mais novos, no entanto, dentro dos limites que tem, parece-me não haver dúvidas sobre as suas potencialidades para fornecer algum entretenimento positivo às crianças mais pequenas, porque até para as crianças mais velhas, "Planes: Fire & Rescue" poderá ser um pouco cansativo e básico de mais, apesar de apresentar uma componente gráfica bem positiva e semelhante à de outros filmes de animação modernos.


Classificação - 2 Estrelas em 5

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1 Comentários

  1. "Pouco exigente publico-alvo,as crianças" o quê? As crianças são provavelmente o público mais exigente. Quando vamos ao cinema, mesmo não apreciando o filme de todo, acabamos por o ver até ao fim. As crianças, por outro lado, não. Se não gostam, é praticamente impossível obriga-las a ver ou apreciar o mínimo possível.

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