O Guia dos Óscares 2023 - Surpresas, Polémicas, Deceções, Análise Aos Nomeados e Onde Ver Todos os Filmes Desta 95ª Edição


Preparado para os Óscares? Já viu todos os filmes nomeados? Não? Então este guia é para si (e não só). O Portal Cinema juntou todos os filmes nomeados, as nossas opiniões, as informações relevantes e até dissecamos todas as surpresas positivas e negativas das nomeações. Saiba mais sobre os Óscares 2023 e saiba onde ver todos os Nomeados!

Consulte Todas as Nomeações AQUI 


As Surpresas Positivas 


Talvez a grande surpresa positiva das nomeações Óscares tenha sido a nomeação de "Triângulo da Tristeza" e "A Oeste Nada de Novo" ao Óscar de Melhor Filme. Nos últimos anos, a Academia tem até nomeado vários filmes não falados em inglês ao Óscar de Melhor Filme (basta até ver o Casa de "Parasitas" que até ganhou a categoria), mas não se esperava de todo que estes dois filmes conseguissem a nomeação em detrimento de obras americanas que até poderiam dizer mais aos membros da Academia. 
 Uma outra surpresa foi a nomeação de Ruben Östlund ao Óscar de Melhor Realizador. Uma vez mais, a Academia tem promovido estas surpresas nesta categoria e tem incluído merecidamente realizadores de filmes estrangeiros nesta categoria e, uma vez mais, a escolha da Academia neste ano foi justíssima. A aposta na diversidade de línguas, culturas e produções nas nomeações dos Óscares é excelente e deve ser valorizada e espera-se que esta onda continue nos próximos anos. 
"Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo" surgiu como o filme mais nomeado aos Óscares (com 11 nomeações) e isto surge como surpresa positiva. Já se sabia à partida que esta obra de Daniel Scheinert e Daniel Kwan seria uma das surpresas, mas poucos esperariam que conseguisse tantas nomeações. A ver vamos se consegue traduzir tantas nomeações em vitórias. 
Foi uma surpresa que passou despercebida, mas a nomeação de Hong Chau ao Óscar de Melhor Atriz Secundária por "A Baleia" deve ser vista como uma grande surpresa. É uma nomeação merentória que premeia uma grande performance e que poderá, finalmente, cimentar a carreira desta ainda jovem atriz tailandesa em Hollywood. 
 Por falar em nomeações nas categorias de representação não poderia deixar de ressalvar a nomeação do veterano Bill Nighy ao Óscar de Melhor Ator por "Viver". Não é propriamente uma surpresa, mas é sim um apontamento muito positivo. Pode ficar surpreendido, mas esta foi a primeira nomeação de sempre de Nighy aos Óscares e a verdade é que este fantástico ator merecia já há muito este carinho por parte da Academia. Para além de adorado pelo público, Nighy é também adorado pelos seus colegas e imprensa e esta nomeação é uma justa homenagem pela sua carreira, personalidade e, claro, pela sua prestação em "Viver". 
 A imprensa americana aponta como uma deceção, mas para o Portal Cinema é uma surpresa positiva. A não nomeação de Tom Cruise ao Óscar de Melhor Ator é justa e é uma surpresa positiva, até porque a ausência de Cruise implicou a inclusão de Bill Nighy ou de Paul Mescal e esta é a maior justiça de todas. Os membros da Academia tomaram a melhor decisão possível e isto deve ser valorizado. 

 As Grandes Deceções 


O maior escândalo destas nomeações aos Óscares 2023 tiveram lugar na categoria de Melhor Atriz. Já exploraremos a polémica que se está a criar, mas não há dúvidas que esta categoria está mergulhada em decisões inexplicáveis. É um facto assente que Cate Blanchett ia conseguir a nomeação e parte como favorita para a vitória pela sua performance em "Tár", mas sempre houve a dúvida sobre quais as atrizes que a acompanhariam na nomeação. Eram esperadas(e justas) as nomeações de Michelle Williams por "Os Fabelman" e Michelle Yeoh por "Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo", como também se esperava que Viola Davis por "A Mulher Rei" e Danielle Deadwyler por "Till" fechassem o leque....mas isso não se verificou. Estas duas últimas ficaram arredadas da luta em detrimento de Andrea Riseborough por "To Leslie" e Ana de Armas por "Blonde" que, embora talentosas, entregaram duas performance muito piores em dois filmes claramente menos amados e aclamados que "A Mulher Rei" e "Till". Se a nomeação de Riseborough pode ter uma explicação técnica que gerou polémica, já a ausência sobretudo de Deadwyler em detrimento de Ana Armas, por exemplo, é completamente injustificável e um dos maiores escândalos dos anos recentes. 
 Para o Portal Cinema um dos maiores escândalos prende-se com a ausência completa de "O Menu" da lista de nomeados. É incrível como é que um dos melhores e mais únicos filmes de 2022 tenha sido completamente esquecido pela Academia, sobretudo na categoria onde mais poderia ter brilhado: Melhor Argumento Original. 
As nomeações a Melhor Filme também tiveram algumas decisões estranhas. "Avatar: O Caminho da Água" e "Elvis" chegaram a nomeação final, apesar de não terem sido consensuais pela crítica e pelo público. As nomeações eram esperadas é certo, mas ainda assim nao deixa de ser uma deceção por representar a falta de coragem da Academia em combater certos interesses. 

A Polémica Nomeação de Andrea Riseborough 


 Em 2022 a polémica chegou aos Óscares durante a cerimónia após a agressão de Will Smith a Chris Rock. Este ano a polémica chegou mais cedo e muita tinta ainda vai correr e tudo por causa da nomeação de Andrea Riseborough e, segundo informações recentes, a atriz poderá mesmo vir a perder a nomeação. Nos últimos dias a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas informou que estava a investigar irregularidades no processo de nomeações aos Óscares 2023, isto porque a Academia suspeita que os produtores do filme adotaram algumas táticas irregulares para conseguir esta façanha. A Academia tem regras específicas contra lobby e algumas delas poderão ter sido infligidas na campanha que foi feita pela nomeação da atriz junto dos membros votantes e qual é a base desta investigação? 
A atriz Mary McCormack, que é casada com o realizador de "To Leslie", terá alegadamente enviado um e-mail para amigos da indústria a pedir ajuda na promoção do filme e de Riseborough na campanha pelos Óscares. Na mensagem, McCormacl pediu que as pessoas fizessem posts no Instagram sobre o filme e sugeria até hashtags. Este pedido foi acedido por várias estrelas de peso, como Sally Field, Liam Neeson, Jane Fonda, Laura Dern, Catherine Keener, Geena Davis e Mira Sorvino, que fizeram publicações sobre a produção nas suas redes sociais. Também Charlize Theron, Gwyneth Paltrow, Demi Moore, Courteney Cox e Edward Norton envolveram-se na campanha e terão alegadamente convencido varios membros da Academia a apostar em "To Leslie" e Riseborough. 
Embora a Academia permita a promoção dos nomeados, não permite campanhas com apelo direto e nominal a membros, ou seja, esta proibida pela Academia pedidos diretos e claros de qualquer entidade (esteja ligada ao filme ou não) a pedir ao voto em determinado filme ou individuo. Só é permitido uma comunicação genérica à base de anúncios, posts nas redes ou newsletter, mas sempre com denominações genéricas como o tão famoso "For Your Consideration". 
A Academia proíbe também campanhas que promovam a competição entre nomes e títulos, como a menção a outros atores e filmes concorrentes em materiais de divulgação. E foi isso precisamente que "To Leslie" também fez. Numpost já apagado no Instagram, a Conta Oficial do Filme utilizou o trecho de uma crítica do Chicago Sun Times que comparava a performance de Riseborough à de Cate Blanchett. Embora a crítica possa conter essa comparação, nenhuma entidade a pode usar para promover. A Academia decidirá a 31 de Janeiro se retira ou não a nomeação a Andrea Riseborough e se avançará com punições para alguns dos principais instigadores desta campanha.Perante esta ameaça da Academia, já vários artistas protestaram contra as suspeitas e manifestaram apoio à atriz, lembrando que produções independentes têm mais dificuldade em promover os seus talentos perante as campanhas milionárias dos grandes estúdios. Esta é uma posição interessante, mas certo é que não invalida que as regras votadas pelos membros da Academia não possam ser contornadas sem penalização.


   

 Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo | Everything Everywhere All at Once 

 11 Nomeações (Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Banda Sonora, Melhor Canção Original, Melhor Atriz Principal, Melhor Atriz Secundária (2x), Melhor Ator Secundário, Melhor Edição e Melhor Guarda Roupa). 

Disponível no TVCINE+ 
Distribuição NOS Audiovisuais 

Realizado por Daniel Scheinert, Daniel Kwan 
Com Michelle Yeoh, Stephanie Hsu, James Hong, Ke Huy Quan, Jamie Lee Curtis, Anthony Molinari, Peter Banifaz, Audrey Wasilewski, Jenny Slate 
Ação - Ficção Científica 


 É curioso e bizarro! Tínhamos dito que poderia ser a grande surpresa dos Óscares em 2023, sobretudo na categoria de Melhor Filme.....e acabou por ser. "Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo" tem acumulado distinções nos Estados Unidos e, recentemente, o New York Times fez questão de o apontar ao título principal dos prémios da Academia. Ao misturar drama e e ficção científica, sendo quase uma espécie de Dr Strange indie, esta obra de Daniel Kwan e Daniel Scheinert conta a história de uma já idosa emigrante chinesa (interpretada pela veterana Michelle Yeoh) que, perante uma ruptura interdimensional que provoca uma crise na realidade, tem de se assumir como uma inesperada heroína e usar os seus novos poderes para lutar contra os perigos bizarros do multiverso. Um dado curioso é que, só nos Estados Unidos, "Everything Everywhere All at Once" já quadriplicou em receitas o seu orçamento. Em Portugal, "Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo" estreou nos cinemas em Abril, ou seja, numa altura em que pouco se esperava que acabasse por chegar aos Óscares...mas a verdade é que chegou mesmo. É um daqueles filmes únicos que não pode mesmo perder.


   

 A Oeste Nada de Novo | All Quiet on the Western Front - CRÍTICA

 9 Nomeações (Melhor Filme, Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Banda Sonora, Melhor Som, Melhores Efeitos Especiais, Melhor Argumento Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte) 

 Disponível na Netflix

Realizado por Edward Berger 
Com Felix Kammerer, Albrecht Schuch, Aaron Hilmer, Daniel Brühl
Drama - Guerra 


"All Quiet on the Western Front" não é revolucionário, até porque a sua história base já brilhou no cinema no passado. Baseado no livro icónico de Erich Maria Remarque, publicado em 1929, que já ganhou duas outras adaptações em 1930 e 1979, este filme segue o jovem soldado Paul, de 17 anos, que se junta à Frente Ocidental na Primeira Guerra Mundial. O seu entusiasmo inicial é abalado pela dura realidade da vida nas trincheiras e pela violência desmesurada do conflito. Realizada e co-escrita por Edward Berger, "A Oeste nada de Novo" segue as pisadas das outras adaptações e promove mais um poderoso retrato da vida nas trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial, algo que o ano passado "1917" conseguiu também fazer. O que nos mostra não é novo, mas é mais uma boa experiência cinematográfica sobre um dos grandes conflitos do Século XX.


   

 Os Espíritos de Inisherin | The Banshees of Inisherin - CRÍTICA 

 9 Nomeações (Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Ator, Melhor Atriz Secundária, Melhor Ator Secundário (2x), Melhor Argumento original, Melhor Edição, Melhor Banda Sonora

 Estreia Nos Cinemas a 2 de Fevereiro 
Distribuição NOS Audiovisuais 

Realizado por Martin McDonagh Com 
Com Colin Farrell, Brendan Gleeson, Kerry Condon, Barry Keoghan, Gary Lydon 
Drama 


 Martin McDonagh, realizador de aclamados thrillers como "Três Cartazes à Beira da Estrada" e "Em Bruges", volta a brilhar ao mais alto nível e, uma vez mais, oferece-nos uma obra cinematográfica de nível e repleta de significado e mensagens subliminares. A sua trama acompanha os amigos de longa data Pádraic (Colin Farrell) e Colm (Brendan Gleeson) que se encontram num impasse quando Colm, inesperadamente, põe fim à amizade deles. Um estupefato Pádraic, amparado pela sua irmã Siobhán e pelo problemático jovem ilhéu Dominic, esforça-se para recuperar o relacionamento, recusando-se a aceitar um não como resposta. No entanto, os esforços repetidos de Pádraic apenas fortalecem a determinação de seu ex-amigo e, quando Colm entrega um ultimato desesperado, os eventos sucedem-se rapidamente com consequências inesperadas. Pode-se dizer que este é um drama lento, mas não é de todo monótono. Não espere, portanto, uma história ágil e objetiva. O que nos é oferecido por McDonagh é um hino à subjetividade e à alegoria sem grande pressa de chegar ao seu propósito. No final, "The Banshees of Inisherin" revela-se uma impressionante história sobre relações, estados de espírito e emoções.

   

 Elvis - CRÍTICA

 8 Nomeações (Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Guarda Roupa, Melhor Caracterização, Melhor Direção de Arte, Melhor Edição, Melhor Fotografia, Melhor Som) 

 Disponível na HBO Max 
Distribuição Cinemundo 

Realizado por Baz Luhrmann 
Com Austin Butler, Tom Hanks, Olivia DeJonge, Dacre Montgomery, Kelvin Harrison Jr., Richard Roxburgh 
Drama 


Realizado por Baz Luhrmann, "Elvis" foi lançado pela primeira vez no Festival de Cannes, onde foi bem recebido pela imprensa presente no evento. Trata-se de uma cinebiografia do famoso cantor Elvis Presley bem ao estilo excêntrico de Baz Luhrmann que, em mais detalhe, explora a vida e a música de Elvis Presley sob o prisma da complicada relação com o seu enigmático agente, "Colonel" Tom Parker. A história mergulha na complexa dinâmica entre Presley e Parker ao longo de 20 anos, desde o início da carreira de Presley até ao seu estrelato sem precedentes, contrastando com as mudanças culturais e a perda da inocência da América. Embora tenha os seus momentos, "Elvis" desilude e deixa muito a desejar em vários momentos. Esperava-se mais Elvis Presley de uma cinebiografia de um dos maiores artistas do Século XXI. Esperava-se mais músicas de Presley, mais recriações das suas atuações mais icónicas e mais histórias da sua vida intima. Mas acima de tudo esperava-se mais clarividência e criatividade na hora de contar a sua história...nem que seja, neste caso, apenas uma parte da sua vida e carreira. 

   

 Os Fabelmans | The Fabelmans 

 7 Nomeações (Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Banda Sonora, Melhor Atriz, Melhor Ator Secundário Melhor Argumento Original, Melhor Direção de Arte)

Disponível Nos Cinemas - Estreou a 22 de Dezembro 
Distribuição NOS Audiovisuais 

 Realizado por Steven Spielberg 
Com Gabriel LaBelle, Michelle Williams, Paul Dano, Seth Rogen, Julia Butters, Judd Hirsch, David Lynch 
Drama 


Descrito como o filme mais pessoal de Steven Spielberg até à data, "Os Fabelmans" baseia-se na paixão de infância do realizador pelo cinema e na dinâmica familiar que marcou o seu trabalho. É um drama semi-biográfico, em que o realizador reflete sobre as experiências que o tornaram no cineasta que conhecemos, numa história baseada na sua infância em Nova Jérsia, Arizona e Califórnia. "Os Fableman" vale o bilhete pelo vislumbre que nos dá sobre o génio e a instigação criativa de Spielberg. Quem gosta de cinema ou quem sofre pela sua arte certamente se reverá nos passos e na jornada de Sammy/Spielberg. E mesmo na hora de contar a sua história, Spielberg não se perdeu em narcisismos e prestou também uma homenagem à sua família e à sua herança, sem as quais teria chegado onde chegou hoje. 

   

 Tár - CRÍTICA

6 Nomeações (Melhor Filme, Melhor Atriz Principal, Melhor Realizador, Melhor Argumento original, Melhor Fotografia, Melhor Edição) 

 Estreia Nos Cinemas a 9 de Fevereiro 
Distribuição Cinemundo 

Realizado por Todd Field 
Com Cate Blanchett, Nina Hoss, Noémie Merlant, Mark Strong, Julian Glover, Allan Corduner, Sophie Kauer, Sylvia Flote
Drama


Cate Blanchett é uma força da natureza e prova-o uma vez mais com uma performance de luxo em "Tár", uma falsa cinebiografia da figura fictícia Lydia Tár, amplamente considerada pelos apreciadores de música como uma das maiores compositoras vivas e a primeira maestrina chefe de uma grande orquestra alemã. "Esta obra" surge como um drama que aproveita as bases do Movimento MeToo para criar mais uma grande história que traça o perfil de relações abusivas e de um abusador alimentado pelo poder e pela ambição. Mas é um produto diferenciado pela nova perspectiva que nos oferece, apesar do conteúdo em si ser o mesmo. Pode parecer estranho, mas "Tár" acaba por se revelar assim como um melhor campeão pela igualdade e pela defesa das vítimas do que outras obras do género....precisamente porque deixa as questões do sexo de fora ou, no máximo, como nota de rodapé.

   

 Top Gun: Maverick 

6 Nomeações (Melhor Filme, Melhor Edição, Melhores Efeitos Especiais, Melhor Música Original, Melhor Argumento Adaptado, Melhor Som) 

 Disponível no SkyShowtime 
Distribuição NOS Audiovisuais 

 Realizado por Joseph Kosinski 
Com Tom Cruise, Miles Teller, Jennifer Connelly, Jon Hamm, Glen Powell
Ação 

 
Após um adiamento forçado pela pandemia, a sequela de "Top Gun" chegou finalmente aos cinemas. Em planeamento durante anos, "Top Gun: Maverick" esteve mesmo para nunca acontecer e, após a trágica morte de Tony Scott, muitos foram aqueles que pensaram que esta continuação nunca veria a luz do dia. Mas Tom Cruise acabou por ser determinante e por puxar pela concretização desta obra que muitos podem até considerar dispensável, mas certo é que é inegável que honrou a fama e o sucesso da ora original. Nesta sequela voltamos a encontrar Pete "Maverick" Mitchell que, após mais de 30 anos de serviço, continua a ser uma lenda na Marinha Americana, isto apesar do seu comportamento problemático ter-lhe impedido subidas na hierarquia Durante o treino de um destacamento de oficiais Top Gun para uma missão especial, Maverick encontra o Tenente Bradley Bradshaw (Miles Teller), nome de código "Rooster", filho do seu falecido amigo, Nick Bradshaw. Diante de um futuro incerto e confrontado com fantasmas do passado, Maverick é obrigado a enfrentar os seus medos mais profundos, culminando numa missão que exige o sacrifício dos que forem escolhidos para nela voar.

   

 Black Panther: Wakanda Forever 

5 Nomeações (Melhor Filme, Melhores Efeitos Especiais, Melhor Guarda Roupa, Melhor Atriz Secundária, Melhor Canção original) 

Disponível no Disney+ 
Distribuição NOS Audiovisuais 

Realizado por Ryan Coogler
Com Letitia Wright, Lupita Nyong'o, Danai Gurira, Winston Duke, Dominique Thorne, Florence Kasumba
Ação


Foi o melhor filme da Marvel a chegar aos cinemas em 2023 e o seu sucesso também se concretizou em nomeações aos Óscares. Já não contou com a presença de Chadwick Boseman que perdeu a sua luta contra o Cancro, mas o filme presta-lhe uma justa homenagem porque não só manteve a qualidade do primeiro filme, como conferiu à sua icónica personagem um fim digno. Nesta sequela, a Rainha Ramonda e os seus aliados lutam a fim de proteger Wakanda da intervenção das potências mundiais na sequência da morte do Rei T'Challa.O aumento da pressão externa para obrigar Wakanda a partilhar o seu vibranium - um metal de extrema resistência proveniente da queda de um meteorito - leva Ramonda a pedir à sua filha Shuri, a irmã de T'Challa, que prossiga a investigação para recriar a planta em forma de coração que confere qualidades sobre-humanas, na esperança de criar um novo Black Panther, mas ela recusa. Quando Namor, rei de uma nação submarina, alerta para uma nova ameaça e dá a conhecer o seu inquietante plano para a contrariar, Shuri vê-se obrigada a reconsiderar as suas posições. Com a ajuda de War Dog Nakia e de Everett Ross, o povo de Wakanda tenta, então, forjar um novo caminho para o reino.

   

 Avatar: O Caminho da Água | Avatar: The Way of Water - CRÍTICA

4 Nomeações (Melhor Filme, Melhores Efeitos Especiais, Melhor Direção de Arte, Melhor Som) 

Estreou nos Cinemas a 15 de Dezembro 
Disponível em Breve no Disney+
Distribuição Big Pictures


Realizado por James Cameron
Com Sam Worthington, Zoe Saldaña, Sigourney Weaver, Stephen Lang, Kate Winslet, Cliff Curtis 
Ficção Científica - Ação 


Realizado por James Cameron, "Avatar: O Caminho da Água" é a sequela de "Avatar" e nela temos o regresso de muitos dos protagonistas do primeiro filme, como Zoe Saldana, Sam Worthington, Sigourney Weaver ou Stephen Lang, aos quais se juntam Edie Falco, Jemaine Clement e Kate Winslet. A sua história decorre uma década após os acontecimentos do primeiro filme e mostra-nos como Jake e Neytiri acabaram por constituir família. Já com uma família terão, agora, que lidar com uma nova invasão das Pessoas do Céu que vêm com novos objetivos....e reforços inesperados. Jake continua a liderar a Resistência dos Na'vi, mas uma série de ataques e más opções acabam por força-lo a exilar-se junto às tribos da água e, assim, ele e a sua família têm que se adaptar a uma nova realidade, mas sem perderem o foco na grande guerra. Um dia Salvador Sobral disse que "a música não pode apenas ser fogo de artifício"...Pois também podemos dizer o mesmo do Cinema e de um Blockbuster. Infelizmente, Cameron criou um grande espetáculo de fogo de artificio que está a render milhões nas bilheteiras, mas ver "Avatar: O Caminho da Água" é como ver um espetáculo pirotécnico sem musica, contexto ou história. É só ruído e cor.

 

 Babylon

 3 Nomeações (Melhor Guarda Roupa, Melhor Direção de Arte, Melhor Banda Sonora)

Estreou nos Cinemas a 19 de Janeiro - Em Exibição
Distribuição NOS Audiovisuais

Realizado por Damien Chazelle
Com Diego Calva, Margot Robbie, Brad Pitt, Jean Smart, Tobey Maguire, Olivia Wilde
Drama


Crónica da indústria cinematográfica norte-americana em finais dos anos de 1920, "Babylon" centra-se na ascensão e na queda de um conjunto de personagens, históricas e ficcionais, durante a transição dos filmes mudos para os sonoros.Um mundo de excentricidade, ambição desmedida e desenfreada decadência que marcou o início dos anos de ouro em Hollywood. Damien Chazelle, conhecido pelo icónico "La La Land", não teve aqui o sucesso esperado e nem as 3 nomeações ao Óscar o safam, tanto é que tais nomeações são apenas em categorias técnicas. Para além de demasiado longo e incosequente, "Babylon" apresenta uma história mediana que está longe de entusiasmar....como a Época Dourada de Hollywood entusiasmou.

The Batman - CRÍTICA

3 Nomeações (Melhores Efeitos Especiais, Melhor Som, Melhor Caracterização)

Disponível na HBO MAx
Distribuição Cinemundo

Realizado por Matt Reeves
Com Robert Pattinson, Zoë Kravitz, Paul Dano, Jeffrey Wright, John Turturro, Peter Sarsgaard
Ação


Tal como as obras de Nolan, "The Batman" mergulha o espectador numa intriga que faz justiça ao estilo da banda desenhada e que promove um entretenimento sólido que depende mais da pujança do enredo do que propriamente de mirabolantes sequências de ação. Sem fazer qualquer ligação com qualquer obra cinematográfica do Universo Batman já existente, "The Batman" começa por indicar que, há dois anos, Batman/Bruce Wayne patrulha as ruas de Gotham City, incutindo medo no coração dos criminosos. Com apenas alguns aliados de confiança - Alfred Pennyworth, e o tenente James Gordon – entre a rede corrupta de funcionários e figuras proeminentes da cidade, o vigilante solitário estabeleceu-se como a personificação da vingança entre os seus cidadãos. Quando The Riddler, um assassino em série ataca a elite de Gotham com uma série de máquinas sádicas, um rasto de pistas misteriosas e obscuras leva o Maior Detetive do Mundo a investigar o submundo do crime, onde encontra personagens como Selina Kyle/Catwoman, Oswald Cobblepot/The Penguin ou Carmine Falcone. À medida que as provas o encaminham para mais perto de casa e a grandeza do plano do vilão se torna mais clara, Batman tem de forjar novas relações, prender o culpado, e trazer justiça ao abuso de poder e à corrupção que há muito assolam a Cidade de Gotham.
Para além da aposta num enredo lógico e que prima pela fidelidade possível ao material de origem (apesar de certas liberdades criativas, onde se destaca, por exemplo, a abordagem às origens de The Riddler e à sua ligação com a Família Wayne), "The Batman" serve-nos também uma competente sequência de cenas de ação que, sem entrarem no típico exagero visual dos filmes da rival Marvel, promovem um entretenimento digno e um complemento ajustado ao espírito da obra.


 

O Triângulo da Tristeza | Triangle of Sadness - CRÍTICA

3 Nomeações (Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento original)

Disponível no FILMIN
Distribuído por Alambique 

Realizado por Ruben Östlund
Com Woody Harrelson, Harris Dickinson, Charlbi Dean, Zlatko Burić
Comédia 



"Triângulo da Tristeza" é o sexto filme de Ruben Östlund, conhecido pelos seus retratos bem-humorados e exactos do comportamento social humano, e a sua segunda Palma de Ouro no prestigiado Festival de Cannes. É um filme diferente que, como já se afirmou, prima pela sua crítica social e pelo seu olhar descarado relativamente à hierarquia e às típicas construções sociais. É, sem dúvida, um filme diferente e bastante acutilante que nunca deixará ninguém indiferente, mas atenção que é uma daquelas obras ditas de autor que nem sempre terá o ritmo desejado ou a evolução esperada.

A Baleia | The Whale

3 Nomeações (Melhor Ator, Melhor Atriz Secundária, Melhor Caracterização)

Estreia a 2 de Março nos Cinemas
Distribuição NOS Audiovisuais

Realizado por Darren Aronofsky
Com Brendan Fraser, Sadie Sink, Hong Chau, Ty Simpkins
Drama



"The Whale"/ "A Baleia" é o novo filme do elogiado cineasta Darren Aronofsky. Estreou no Festival de Veneza, onde foi recebido com muitos aplausos, e desde então tem estado nas bocas do mundo. E um dos maiores falatórios diz respeito ao seu ator principal. Este é nada mais, nada menos, que Brendan Fraser, famoso astro da trilogia original "A Mumia" e que, desde então, caiu em desgraça em Hollywood. Mas Fraser parece que está pronto a fazer o seu regresso aos grandes palcos de Hollywood com esta produção dramática de Aronofsky. É de recordar que, no passado, este cineasta ajudou  a revitalizar a carreira de outro astro caído em desgraça. Falamos claro está de Mikey Rourke que, após a sua participação em "The Wrestler", regressou aos grandes palcos de Hollywood e até foi nomeado a um Óscar da Academia.

 

Viver | Living 

2 Nomeações (Melhor Ator, Melhor Argumento Adaptado)

Estreia a 9 de Março Nos Cinemas
Distribuído por NOS Audiovisuais

Realizado por Oliver Hermanus
Com Bill Nighy, Aimee Lou Wood, Alex Sharp, Tom Burke, Adrian Rawlins, Oliver Chris
Drama



Uma reimaginação de "Ikiru", de Akira Kurosawa, a partir do guião do escritor inglês de origem japonesa, Kazuo Ishiguro, autor dos romances "Os Despojos do Dia" e "Nunca Me Deixes". Esta é a história de um homem comum, reduzido a uma existência sombria por anos de rotina opressiva num escritório, que à última hora faz um esforço supremo para transformar a sua vida monótona em algo maravilhoso. Uma performance magistral de Bill Nighy alavanca este belo drama existêncial para um nível fora do comum!

A Voz Das Mulheres | Women Talking

2 Nomeações (Melhor Filme, Melhor Argumento Adaptado)

Estreia a 9 de Março nos Cinemas
Distribuído por NOS Audiovisuais

Realizado por Sarah Polley
Com Rooney Mara, Claire Foy, Jessie Buckley, Ben Whishaw, Judith Ivey, Sheila McCarthy, Michelle McLeod
Drama


Dos mesmos produtores de dois projetos já vencedores do Óscar de Melhor Filme - "Moonlight" (2016) e "Nomadland" (2020) - "Women Talking"foi uma das grandes surpresas indie de 2022. A sua história transporta-nos para 2010, onde as mulheres de uma comunidade religiosa isolada lutam para conciliar a sua realidade com sua fé. Baseado no romance de Miriam Toews,  "Women Talking" conta com um elenco de luxo formado por Rooney Mara, Claire Foy e Jessie Buckley, sendo realizado por uma das cineastas mais impactantes da sua geração: Sarah Polley. 


RRR - CRÍTICA

1 Nomeação (Melhor Canção Original)

Disponível na Netflix

Realizado por S.S. Rajamouli
Com N.T. Rama Rao Jr., Ram Charan Teja
Ação - Drama


"RRR" tem sido uma das grandes surpresas da época de prémios deste ano. Trata-se de uma super produção indiana que junta elementos clássicos do cinema indiano com o estilo comercial dos blockbusters norte-americanos. Esta amalgama de estilos e feitios cinematográficos deu origem a um épico de quase três horas onde não falta drama, humor, ação, romance e números musicais ao bom estilo bollywood.

 

Império da Luz | Empire of Light - CRÍTICA

1 Nomeação (Melhor Fotografia)

Estreia Nos Cinemas a 23 de Fevereiro
Distribuído por NOS Audiovisuais

Relizado por Sam Mendes
Com Olivia Colman, Micheal Ward, Toby Jones, Colin Firth, Tom Brooke
Drama - Romance



"Império da Luz" narra uma história de amor ambientada nos Cinemas Empire, uma bela e clássica sala de cinema localizada na costa britânica. Uma das intervenientes desta história é Hilary (Olivia Colman) que, nos Anos 80, assume a gerência da sala numa época conturbada, já que estamos em 1981, altura em que a recessão britânica causa desemprego e racismo gratuito. Ao seu lado estão outros empregados: um gerente mal-humorado e pomposo, Sr. Ellis (Colin Firth), o dedicado projecionista Norman (Toby Jones) e os assistentes de sala Neil (Tom Brooke) e Janine (Hannah Onslow). Hilary vai sobrevivendo, mas entra cada vez mais num profundo estado de solidão e tristeza. É então que o Cinema Empire contrata um novo vendedor de bilhetes, Stephen (Micheal Ward), um jovem afro-britânico que tem uma conexão instantânea com Hilary. 
Podemos afirmar que, no plano dramático, estamos perante um filme que nos entrega o pacote completo. A sua trama presta homenagem ao amor e à magia do cinema, mas também trata com respeito e competência questões relativamente à saúde mental e descriminação racial. São portanto vários os temas abordados de forma primorosa por um argumento habilmente trabalhado por um Sam Mendes que, uma vez mais, entrega-nos um filme tecnicamente cativante e com uma história forte e emotiva que prenderá qualquer um. 


Um Sonho em Paris | Mrs. Harris Goes to Paris - CRÍTICA

1 Nomeação (Melhor Guarda Roupa) 

Disponível em Videoclube e Tramsissão no Canal Cinemundo (A Anunciar)
Distribuído por Cinemundo

Realizado por Anthony Fabian
Com Lesley Manville, Isabelle Huppert, Lambert Wilson, Alba Baptista
Drama


"Um Sonho em Paris" é uma comédia doce que se revela tão cintilante como os grandes vestidos da Casa Dior. É impossível não simpatizar com a adorável Mrs Harris (tão bem interpretada por Lesley Manville) e ficar preso à sua demanda para conseguir cumprir o seu sonho. Embora seja uma personagem fictícia é quase impossível não nos apegarmos à sua personalidade e isto mostra bem a qualidade de um argumento tão equilibrado e competente que, sem ter um conteúdo único, acaba por encher as medidas a qualquer espectador.


Melhor Filme de Animação


Também disponível em exlcusivo numa plataforma de streaming, neste caso a Disney+, encontramos "Turning Red – Estranhamento Vermelho", obra de estreia de Domee Shi que se assume como o único representante da Walt Disney nesta categoria e que prima por ser uma das obras mais divertidas e doces entre os nomeados. Já a Dreamworks está representada por "Puss in Boots: O Último Desejo" | Puss in Boots: The Last Wish", spin-off da saha "Shrek" que visa relançar a saha. Esta obra chegou aos cinemas em Dezembro e até aos Óscares poderá ficar disponível na plataforma SkyShowtime. 
O candidato mais inesperado é "Marcel the Shell with Shoes On", animação stop-motion americana de Dean Fleischer-Camp que chega aos Óscares sem data de estreia prevista para Portugal, no entanto, poderá vir a ficar disponível no AmazonPrime, até porque esta é a única plataforma onde o filme pode ser visto nos Estados Unidos da América. 


Melhor Documentário


"Navalny" é um documentário sobre o maior opositor do regime russo, Alexei Navalny, que foi aclamado em todo o mundo pela sua mensagem e pela importância que poderá ter no futuro político de Bavalny. Está disponível em Portugal na HBO MAX e, por todas as envolventes e qualidade, parte como o grande favorito à conquista da vitória final. Também disponível na HBO Max temos "All That Breathes", obra de Shaunak Sen sobre a jornada de dois irmãos que, no epicentro do caos de Dehli na India, tentam proteger uma espécie de pássaro.
A consagrada cineasta Laura Poitras também conseguiu a nomeação com "All the Beauty and the Bloodshed", documentário sobre a artista Nan Goldin e a queda da Família Sackler que, como a série "Dopesick" da Disney+ nos elucidou, foi a principal responsável pela recente crise de opioides nos Estados Unidos. Esta obra está também disponível na HBO Max.
Já no Disney+ encontramos "Fire of Love", documentário de Sara Dosa que nos apresenta a história dos desteminos e apaixonados cientistas Katia e Maurice Krafft que morreram tragicamente numa explosão vulcânica quando estavam a fazer exatamente o que os uniu: desvendando os mistérios dos vulcões e capturando imagens impressionantes. Uma obra impressionante com o selo National Geographic. Por fim temos "A House Made of Splinters", obra de Simon Lereng Wilmont sobre a Guerra na Ucrânia e as suas vítimas que, infelizmente, não se encontra disponível em qualquer plataforma de streaming, apesar de já ter sido exibida em Portugal no Porto Post Doc.


Melhor Filme Estrangeiro


Talvez o filme mais único e emotivo de 2022, "EO" é uma obra polaca de Jerzy Skolimowski. Quem dá o nome a este projeto é um burrinho muito adorável. Todos sabemos que o mundo é um lugar misterioso, mas ainda se torna ainda mais misterioso quando é visto através dos olhos de um animal. É precisamente através dos olhos de Eo que partimos numa viagem inesperadamente emotiva e curiosa por um mundo por vezes frio, por vezes ternurento. Na sua jornada, Eo encontra pessoas boas e más, experimenta alegria e tristeza, e a roda da fortuna transforma a sua sorte em desastre e o seu desespero numa felicidade inesperada. Mas nunca, em momento algum, Eo perde a sua inocência. Sem grandes diálogos, mas com muitas imagens que falam por si, "Eo" leva-nos numa viagem diferenciada que no final poderá deixar muitos em lágrimas. "EO" chegará aos cinemas nacionais em Março pela mão da Nitrato Filmes.
Também muito emotivo é o irlandês "The Quiet Girl", de Colm Bairéad. Sucesso comercial na Irlanda e vencedor do Grande Prémio do Júri Internacional da Geração Kplus no Festival de Berlim 2022, "The Quiet Girl" é um hino à representação e o exemplo perfeito de como uma narrativa simples consegue dar origem a um filme de excelência. Esta é a história de Cáit, uma menina de nove anos que tem uma família enorme, carente e disfuncional. Com a aproximação do Verão e do parto da sua mãe, Cáit é enviada para a casa de parentes distantes apenas com a roupa do corpo. Inicialmente, Cáit estranha a nova família, mas rapidamente vai formando profundos laços com a sua nova família e nem um macabro segredo demove a sua afeição pelos seus novos pais adotivos, mas esta felicidade parece ter um prazo. "The Quiet Girl" chegará aos cinemas nacionais, mas a data de estreia ainda não foi revelada.
Seleção do Festival de Cannes, o belga "Close" é o candidato menos mediático dos cinco. Conta ahistória de Léo e Rémi, dois meninos que sempre foram amigos. Até que, um acontecimento impensável os separa. Léo aproxima-se de Sophie, a mãe de Rémi, para tentar compreender..."Close" não tem para já data de estreia em Portugal


Curtas-Metragens


Nunca um filme português tinha chegado aos Óscares, mas essa tradição negativa foi quebrada este ano. A curta-metragem de animação portuguesa "Ice merchants", de João Gonzalez, foi nomeada ao Óscar de Melhor Curta-Metragem, dando assim sequência a um ano de luxo para esta obra que narra a história de um homem e o seu filho que saltam todos os dias de paraquedas, da casa onde vivem no alto à beira de um precipício, para virem lá abaixo à aldeia, vender o gelo que produzem durante a noite. Após brilhar em Cannes e nos Prémios Europeus de Cinema, "ice Merchants" chega aos Óscares e faz história para Portugal. Parabéns a João Gonzalez, jovem cineasta de apenas 26 anos que reside no Porto. Havia outro dois filmes portugueses. Nos candidatos às nomeações para Melhor Curta-Metragem estava o filme "O lobo solitário", de Filipe Melo. Já  "O homem do lixo", de Laura Gonçalves, estava pré-nomeada, mas acabou por não conseguir chegar à nomeação para o Óscar de Melhor Curta de Animação. 
Entre os nomeados nestas categorias destaque para "Le Pupille",curta realizada pela consagrada Alice Rohrwacher e produzida por Alfonso Cuarón que é, sem dúvida, a grande candidata à vitória final nesta categoria. Já a competir com João Gonzales e o seu "Ice Merchants" teremos candidatos de peso, como "The Boy, the Mole, the Fox and the Horse", obra produzida pela Bad Robot de J. J. Abrams que conta com um elenco de produtores de luxo e que conta também com o apoio da Apple, aliás esta curta está já disponível no serviço Apple+. Também entre os nomeados nesta categoria temos "My Year of Dicks", obra de Sara Gunnarsdóttir que foi a grande revelação do Festival de Annecy, o principal do mundo da animação

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